Avaliação da força evocada de pacientes críticos após alta da unidade de terapia intensiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bueno, Aline Felício
Orientador(a): Dias, Alexandre Simões
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/202683
Resumo: Introdução: A unidade de terapia intensiva (UTI) é um ambiente de internações onde o paciente crítico pode necessitar de ventilação mecânica invasiva (VMI) e permanecer imobilizado desenvolvendo fraqueza muscular. Um obstáculo para avaliação da força muscular é a colaboração do paciente, sendo o twitch test uma alternativa, utilizando corrente elétrica entregue em pulsos que geram contrações musculares involuntárias. Objetivo: Avaliar a força evocada de pacientes críticos e correlacionar com a força voluntária e com a funcionalidade após alta da UTI do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) (CAEE nº77987317.1.0000.5327). Métodos: 22 pacientes (14♂ e 8♀; idade: 62±10,93 anos). Os testes foram aplicados nas unidades de enfermaria do HCPA no momento de alta da UTI dos pacientes. Os participantes realizaram três contrações voluntárias máximas isométricas (CVMIs) dos extensores de joelho, em decúbito dorsal sobre uma maca (joelho 90° e quadril 60° de flexão). Foi utilizado um sistema de dinamometria instrumentado com uma célula de carga fixada ao tornozelo e conectada a um sistema de aquisição de dados (Miotool, Miotec, Brasil). Foi utilizado o maior valor de força das três repetições. O Twitch test (Fequência=1Hz e duração de pulso=1ms) foi aplicado utilizando-se eletrodos de silicone (13cm x 5cm) posicionados proximalmente sobre o ponto motor do músculo quadríceps femoral e sobre sua extremidade distal. A média obtida da força produzida por três contrações foi calculada para determinar o desempenho no teste. Adicionalmente, foi avaliada a força de preensão palmar (FPP), escala de força da Medical Research Council (MRC) e a Escala Funcional de Perme no momento da alta da UTI. Para a análise estatística os dados foram apresentados através de média e desvio padrão, o teste t para comparação entre grupos e teste de correlação de Pearson foram utilizados (p≤0,05). Resultados: O tempo médio de internação na UTI para os pacientes foi de 8±22,31 dias, a mediana do tempo de VM foi de 120hs (24; 204), e o tempo médio de sedação foi de 48±290,15 h. O desempenho funcional obtido através da escala de Perme no momento da alta foi de 16,68±6,62. A média de CVMI foi de 14,28±6,7kgF e a média do Twitch test foi de 3,28±2,09KgF. O Twitch test representou uma média de 21,85±14,54% da CVM dos pacientes. Houve uma correlação muito forte entre a força evocada pelo Twitch test e aCVMI (r=0,947; p=0,0001) e correlações entre a CVMI e a Escala de Perme (r=0,557; p=0,011), força de preensão palmar (r=0765; p=0,0001) e força avaliada pela escala MRC (r=0,706; p=0,0001). Conclusão: A CVMI e o Twitch test podem ser utilizados para avaliação de força voluntária e evocada em pacientes pós alta da UTI, possibilitando a avaliação e o acompanhamento do desfecho clínico do paciente crítico.