Investigando práticas de extensão-popular na Universidade Federal do Rio Grande

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Feijó, Nicole Marques
Orientador(a): Goulart, Sueli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/30382
Resumo: Esta dissertação surge das inquietações da pesquisadora sobre a relação universidade e sociedade. Tem como questão norteadora entender quais as categorias do pensamento de Paulo Freire e Antonio Gramsci que contribuem para delinear o construto extensão-popular e como se expressam nas práticas de uma universidade pública do Rio Grande do Sul. Para tanto se recorreu à sociologia e à pedagogia contemporânea, considerando o entrelaçamento dos diferentes acontecimentos da realidade com a sociologia de Antonio Gramsci e a pedagogia de Paulo Freire. A partir das teorias desses autores foi possível orientar o estudo a respeito da extensão-popular num sentido teórico-empírico. Teoria e prática se complementam. Tem-se então um estudo qualitativo, em que a estratégia de pesquisa é o estudo de caso. Os elementos para análise foram obtidos através de pesquisa documental, observação direta, diário de campo e entrevistas feitas com os extensionistas da Universidade Federal do Rio Grande, tanto coordenadores dos projetos de extensão como alunos e com as comunidades envolvidas nos projetos de extensão. Para a análise dos dados, a metodologia escolhida foi a Análise do Discurso. A realização da AD implica perguntar que relações sociais mantidas e divulgadas através da linguagem querem ser estudadas; no caso desse estudo, trata-se da relação da FURG com a comunidade, através das suas ações de extensão. Os resultados da análise apontam que a extensão, sendo parte do processo educacional, mostra-se contraditória mesmo sendo estudada dentro de uma única universidade. A desarmonia de olhares às ações de extensão, tanto por parte dos extensionistas como das comunidades, mostrou que a universidade ainda não consegue estreitar sua relação com a sociedade ao ponto de configurar a extensão-popular com as características do construto delineado neste trabalho. Sendo assim, todas as atividades de extensão da FURG estudadas apresentaram elementos da extensão-popular; entretanto, esses elementos estão isolados, o que faz com que existam apenas indícios dessa forma de extensão, prevalecendo ainda a forma hegemônica das atividades extensionitas.