Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Nespolo, Gabriela Fabian |
Orientador(a): |
Merhy, Emerson Elias |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/168879
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Resumo: |
O cuidado ao trabalhador da saúde tende a ser realizado no cotidiano, nos encontros, na transformação do sofrimento em potência, entretanto, o afastamento do trabalho e a biomedicalização apresentam-se como alternativas uma vez que o sofrimento, ao invés de ser potencializado para produzir novos sentidos do viver, passa a ser transformado em adoecimento. Esse enlace é perpassado por essa pesquisa, que objetivou compreender como os trabalhadores da enfermagem constroem cuidados de si, mapear as intervenções dos modos de cuidar de si e compreender de que forma o trabalhador lida com os afetos provocados no cotidiano da saúde. Procedeu-se a uma pesquisa qualitativa de caráter descritivo, que seguiu os pressupostos metodológicos da exploração da multiplicidade de fontes, na qual quatro técnicas em enfermagem de um grande hospital do sul do Brasil participaram de um dispositivo denominado Tenda do Conto. Foi oportunizando que elas contassem suas “afecções” no encontro com o mundo, dialogando com os acontecimentos no cotidiano do trabalho e da vida, o que permitiu que a pesquisadora dialogasse com a micropolítica, com os contos de cada trabalhadora/pesquisadora e narrasse a sua Tenda. Os resultados surgiram através das aproximações nas contações e trouxeram algumas reflexões a respeito dos contrastes do trabalho em saúde e dos detalhes do processo relacional no plano do cuidado, onde cuidar de si esteve presente no cotidiano através de: autorreconhecimento, “engenhar” no ambiente de trabalho, cooperação intraequipe e prática de atividades fora do ambiente de trabalho Os resultados também aludem que as trabalhadoras cuidam de si através dos encontros, na micropolítica, na cooperação, no reconhecimento do outro, no autogoverno e na ressignificação do sofrimento. Para lidar com os afetos provocados produzem vínculos e realizam novas construções. Observou-se que os Serviços de Saúde do Trabalhador poderiam melhor contribuir para a saúde dos trabalhadores, caso a lógica de organização desses serviços fosse pautada por processos que tomam isso como central. Espera-se com essa pesquisa ter contribuído para uma nova visão do que seja o cuidado de si no cotidiano do trabalho em saúde. |