Trabalho em hospital: uma reflexão sobre os desafios à vigilância para promoção da saúde dos profissionais de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Oliveira, Roberta Alamonica de
Orientador(a): Machado, Jorge Mesquita Huet
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24375
Resumo: Nesta dissertação buscamos compreender, por meio de uma reflexão sobre a atuação de um Núcleo de Saúde do Trabalhador a partir de uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), os desafios à Vigilância em Saúde do Trabalhador. Para tanto, os referenciais teóricos utilizados foram: a Saúde do Trabalhador, a concepção vitalista de saúde presente na obra de Georges Canguilhem e a perspectiva ergológica proposta por Yves Schwartz, dando destaque ao ponto de vista da atividade. Trata-se de um estudo qualitativo, desenvolvido em três momentos: primeiro – visitas ao Núcleo de Saúde do Trabalhador e a UTIN, levantamento e análise de documentos referentes às ações desenvolvidas pelo núcleo, e entrevistas com os membros desta equipe; segundo – aplicação do Inquérito de Saúde e Trabalho em Serviço (INSATS) e realização dos Encontros sobre o trabalho com a equipe de saúde da UTIN; terceiro – discussão com as profissionais do núcleo sobre os resultados encontrados. A análise dos dados documentais e das entrevistas realizadas com o núcleo revelou que as condições inadequadas de trabalho limitam o exercício profissional desta equipe. Ao estudarmos a atividade das profissionais dessa UTIN percebemos que os resultados encontrados apontam para uma forte mobilização do corpo si relacionada à gravidade das patologias dos bebês internados e as constantes solicitações demandadas dessas profissionais. As condições de trabalho vivenciadas por essas trabalhadoras nem sempre favorecem ou até colocam em risco a saúde. A dupla jornada foi apontada pela maioria das profissionais. Observamos a materialização das desigualdades de gênero e das funções socialmente atribuídas ao sexo feminino. Destacamos ser primordial a consolidação do conceito de Saúde do Trabalhador e da Vigilância em Saúde do Trabalhador entre os setores do hospital, no sentido de ampliar a capacidade de negociação coletiva, sobretudo pela valorização do saber advindo da experiência, bem como buscar uma linha de trabalho em que uma relação inventiva e prazerosa com o trabalho seja o principal norteador. Produzir bons encontros que impulsionem compreender-transformar a atividade e, consequentemente, os sentidos da participação social são ferramentas importantes à efetivação do cuidado do outro e do cuidado de si.