Vida à cidade enterrada : dutos de luz para iluminação e auxílio no desenvolvimento de vegetação em espaços urbanos subterrâneos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bystronski, Yasmin de Almeida
Orientador(a): Martau, Betina Tschiedel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Luz
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/198374
Resumo: As cidades contemporâneas vivenciam a falta de estoques de área na superfície para suprir as suas crescentes demandas. Somado a isso, as previsões de aumento populacional para as próximas décadas apontam para a necessidade de se projetar mais espaços nas cidades. Esse contexto traz à luz o conceito de cidade compacta, que enfatiza o uso eficiente dos espaços e indica a utilização dos subsolos como uma alternativa de grande potencial para abrigar novas atividades, liberando a superfície para áreas de habitação, de lazer ao ar livre e espaços verdes. Porém as diversas experiências negativas dos usuários de ambientes abaixo da superfície trazem à tona a dificuldade de se projetar esses espaços. Diante disso, o uso de luz natural e de vegetação é apontado como estratégia que pode ser bastante eficiente na qualificação da experiência do ser humano em ambientes subterrâneos. As tecnologias capazes de conduzir a iluminação natural a longas distâncias compõem um sistema que capta, conduz e distribui a luz no interior da edificação – chamado também de dutos de luz ou light-pipes. Essas tecnologias são o objeto de estudo desta pesquisa, que tratou de realizar experimento na cidade de Porto Alegre a fim de verificar o comportamento e a capacidade de determinado sistema em suprir as necessidades de luz para a sobrevivência de determinadas espécies vegetais em espaços subterrâneos da cidade. Esse experimento foi composto de três fases, para as quais foram construídos modelos de escala reduzida (1/20). Na primeira, foram confeccionados cinco dutos com 0,05 m de diâmetro e 0,30 m de altura, revestidos internamente com diferentes materiais reflexivos a fim de verificar qual deles conduzia mais luz O material mais eficiente foi utilizado na etapa seguinte, na qual foram testados dutos com 0,05 m de diâmetro e 0,30 m, 0,50 m, 1,00 m, 1,50 m de altura; posteriormente, foi construído o sistema de iluminação natural composto pelo duto de maior altura e o heliostato. Na fase seguinte, esse sistema foi testado em conjunto com a vegetação escolhida para este estudo (Nephrolepis exaltata Marisa e Asparagus densiflorus Sprengeri). Os dutos de luz apresentaram capacidade para iluminar a execução de tarefas simples em ambientes internos, e o heliostato aumentou significativamente a captação de luz natural em situação de céu claro, parcialmente encoberto e encoberto. As tecnologias utilizadas na terceira fase apresentaram capacidade em auxiliar parcialmente no desenvolvimento de vegetação em áreas subterrâneas, visto que não supriram integralmente o tempo de exposição à luz de que as plantas necessitam para se desenvolver de maneira saudável. O uso de lâmpadas elétricas e o aumento da eficiência dos dutos de luz são estratégias que podem melhorar essa situação e devem ser exploradas. Este trabalho poderá contribuir para a qualificação dos espaços existentes e daqueles que ainda serão construídos em áreas subterrâneas. Os dados levantados ainda podem ser utilizados como referência para estudos futuros sobre aspectos que eram desconhecidos: o comportamento e a aplicação desses sistemas no contexto da cidade de Porto Alegre. As informações deste trabalho representam alicerce para a implementação de dutos de luz na cidade, já que seu contexto de céu oferece condições favoráveis para seu emprego.