As passagens subterrâneas de pedestres em Brasília : iluminação e percepção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Arnhold, Audrey Luz Nassif
Orientador(a): Martau, Betina Tschiedel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/186159
Resumo: O crescente efeito do tráfego veicular sobre o espaço público vem sendo o grande desafio das cidades contemporâneas. A conexão de pedestres entre vias e equipamentos de transporte de massa são atividades que largamente têm feito uso de áreas abaixo da superfície, tornando os corredores subterrâneos cada vez mais presentes nas grandes cidades. Ao permitir deslocamentos mais ágeis entre os espaços, esses corredores atendem às demandas da sociedade urbana contemporânea. A configuração do corredor está em todo lugar, seja na escala urbana, como caminhos para pedestres e vias de veículos, quanto na escala interna das diversas tipologias de edificações e pode-se afirmar que são inseparáveis do uso comum. Tratando-se de espaços de passagem que são, muitas vezes, confinados, manter as condições de conforto ambiental representa um dos grandes desafios. Este trabalho aborda o papel na iluminação nessa tipologia, tendo como objetivo analisar os efeitos da iluminação na interação pessoa- -ambiente em passagens subterrâneas de pedestres. A partir de uma revisão teórica sobre os corredores na arquitetura e sua relação com a luz, foi realizado um estudo de caso nas passagens subterrâneas de Brasília, por se tratarem de elementos fundamentais na concepção urbanística do Plano Piloto, mas, que se encontram em crítica situação de ocupação. Com iluminação deficiente, elas são alvo de criminalidade e, em consequência, evitadas pela população. A metodologia envolveu, também, pesquisa documental sobre o projeto original, levantamento das características do projeto existente e medições in loco das características do sistema de iluminação, tanto natural quanto elétrica. As entrevistas realizadas com os pedestres buscaram compreender a percepção do usuário sobre a forma como o espaço era iluminado. A partir dos dados coletados, foram realizadas simulações com o software DialuxEvo, comparando a iluminação existente e o projeto original das passagens, projetados por Lúcio Costa. Resultados preliminares demonstraram uma percepção muito negativa dos usuários em relação às passagens no subsolo, em especial, em relação à forma como estão iluminadas. As simulações confirmam a hipótese de que no projeto original de Lúcio Costa (1958) teríamos mais incidência de luz natural e, provavelmente, uma modificação na percepção do usuário que utiliza estes espaços.