Percepção da iluminação em passagens subterrâneas de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Franz, Eliane Cristina
Orientador(a): Martau, Betina Tschiedel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/180898
Resumo: O desenvolvimento urbano recente produziu cidades que frequentemente são inconsistentes com os princípios do crescimento sustentável. Devido ao alto índice de urbanização, ocorrem problemas recorrentes de mobilidade, poluição, carência de áreas verdes e altos custos de infraestrutura. Nesse contexto, a verticalização, tanto para o alto quanto o aproveitamento de espaços subterrâneos, tem o potencial de desenvolver cidades mais compactas e eficientes, reduzindo distâncias devido à maior concentração das funções. Em Porto Alegre, existem propostas em discussão que trazem o uso do subsolo como alternativa, a exemplo de inúmeros projetos pelo mundo onde os espaços subterrâneos são, muitas vezes, considerados atrativos e qualificados pela população. O grande limitador da utilização desses locais é a dificuldade de levar ao subsolo as condições de conforto ambiental e psicológico equivalentes às da superfície, principalmente em relação à forma como a luz é utilizada. Por isso, este trabalho visa levantar a percepção da iluminação em espaços subterrâneos de uma amostra da população de Porto Alegre, com objetivo de verificar o potencial de atratividade desses espaços no contexto local Utilizando a metodologia de estudo de campo, foram selecionadas três passagens subterrâneas na cidade para coletar dados sobre a percepção de uma amostra de usuários - homens ou mulheres, entre 15 e 65 anos - escolhidos de forma aleatória. O estudo considerou variáveis como iluminância, dimensões e revestimentos dos espaços, bem como o tempo de percurso dos usuários. Os dados foram organizados e analisados utilizando os softwares Microsoft Excel 2007, Word Art 2017 e Sigma Plot 13. A pesquisa concluiu que, alinhado com o encontrado na revisão da literatura, os espaços subterrâneos em Porto Alegre são percebidos como locais com características muito negativas. Apesar disso, a maioria dos usuários relatou não sentir falta de contato com o exterior e não se sentir enclausurada, possivelmente pelo fato de as estações serem locais pouco profundos e de fácil acesso à superfície. O estudo de como iluminar subsolos em clima subtropical ainda é incipiente, e espera-se, com este trabalho, ampliar o conhecimento sobre como os usuários de Porto Alegre percebem esses lugares, estimulando a criação de subsolos atraentes e que valorizem a iluminação, fator indispensável para a saúde e bem-estar.