Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Seibt, Taís |
Orientador(a): |
Fonseca, Virginia Pradelina da Silveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/193359
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Resumo: |
Nesta tese, formula-se o “jornalismo de verificação” como um tipo ideal para estudar a prática de fact-checking (checagem de fatos) no Brasil na perspectiva das mudanças estruturais do jornalismo. A base para a formulação teórico-metodológica da pesquisa é o estudo sobre os paradigmas jornalísticos (CHARRON; BONVILLE, 2016). Utilizando-se do método weberiano do tipo ideal, os autores estabelecem uma tipologia histórica das práticas jornalísticas a partir de quatro formas de jornalismo: de transmissão, de opinião, de informação e de comunicação. Prática crescente no mercado de informação contemporâneo, dominado por plataformas digitais (BELL; OWEN, 2017), o fact-checking surge como resposta à fragmentação da vida pública testemunhada nas últimas três décadas e resgata valores centrais da ideologia profissional, como a objetividade (GRAVES, 2016) e a disciplina da verificação (KOVACH; ROSENSTIEL, 2004; 2014). A partir de uma pesquisa participante no projeto Truco, da Agência Pública, uma das iniciativas pioneiras de checagem de fatos no Brasil, a tese discute limites e possibilidades da nova prática para o jornalismo diante de um cenário de desinformação (WARDLE, 2018) segundo 14 indicadores de mudança nos parâmetros que compõem o paradigma jornalístico. Com base em entrevistas, observação de rotinas e relatos de experiência, conclui-se que há mudanças significativas no que diz respeito a critérios, rotinas e percepções sobre a prática jornalística, as quais podem ser tomadas como indícios de que há uma mudança em curso no jornalismo contemporâneo, porém não suficientemente consolidadas a ponto de suplantar o paradigma do “jornalismo de comunicação”. Nesse sentido, o “jornalismo de verificação” enquanto tipo ideal evidencia mudanças em curso, podendo ser tomado como um desvio entre outros, o que seria característico de períodos pré-paradigmáticos (KUHN, 1975). |