Fact-checking e eleições presidenciais de 2018 : a disputa pela verdade em interações no Twitter

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Giselle Aparecida de Oliveira Pinto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FAF - DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/53276
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo compreender o processo comunicativo e seus desdobramentos na rede discursiva formada a partir das interações estabelecidas entre as checagens das agências de fact-checkingAos Fatos e Lupa e os atores humanos e não humanos que interagiram com elas, no período de 01 de julho a 30 de novembro de 2018. A pesquisa tem como foco as checagens publicadas no perfil do Twitter de cada uma das agências que estavam diretamente relacionadas à campanha eleitoral para presidente do Brasil em 2018. Para a definição de atores humanos e não humanos utiliza-se os conceitos trabalhados nas sociologias pragmáticas francesas, em especial a Teoria Ator-Rede. Como forma de compreender o fenômeno observado, buscou-se seguir as associações estabelecidas pelos diferentes atores que interagiram nesta rede discursiva no período analisado. Para compreender suas características propõem-se, ainda, reflexões em torno do conceito de verdade e do conceito de fake news, buscando vislumbrar como eles se atravessam e interrogam no contexto das conversações em rede e das disputas discursivas travadas em torno das ideias de verdade e falsidade oferecidas pelos checadores, sobretudo a partir de seus selos e etiquetas de veracidade, e pelos leitores com suas interrogações e propostas interpretativas. Compreende-se o fact-checking como um jornalismo plataformizado, produzido na e para a lógica de circulação das plataformas, analisando-se como esse modus operandi se deixa apreender nas análises em torno das checagens das agências e das interações da audiência. Conclui-se que o fact-checking atua no ambiente movediço da interpretação, tendo encontrado como principal desafio à sua preparação prévia para a cobertura do pleito eleitoral, o uso da desinformação como método de campanha.