[pt] CREDIBILIDADE E JORNALISMO: QUESTÕES SOBRE A INFLUÊNCIA DO FACT-CHECKING NA AUTORIDADE JORNALÍSTICA NO BRASIL
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=64866&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=64866&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.64866 |
Resumo: | [pt] A credibilidade está em xeque de uma maneira global, o que ameaça a autoridade de instituições em geral, incluindo a imprensa, na chamada era da pósverdade. Por tratar com desimportância a verdade, os tempos atuais têm sido marcados pela circulação de informações falsas. É um tempo também conhecido como era pós-factual. A mesma sociedade em rede impulsionada pela internet com promessas de futuro mais horizontalizado viu nascer a plataformização algorítmica, a desqualificação da imprensa, a cultura da desinformação. É desse ambiente extremamente hostil e vulnerável para as instituições democráticas que partem as reflexões trazidas nesta tese. Tamanho é o nível de desinformação que hoje há uma proliferação de agências e serviços de checagem em diversos países. Por princípio, o fact-checking existe para apontar se discursos são verdadeiros ou falsos. No entanto, essas agências e serviços ganharam visibilidade e tornaram-se mais influentes no mercado jornalístico. O deslocamento do fact-checking para ambientes externos às redações de veículos de imprensa ou para espaços específicos nos veículos traz consigo uma pressuposição de que possa haver um deslocamento de uma das funções mais importantes do jornalismo: a checagem, que contribui para a construção de credibilidade e, consequentemente, funciona como sustentáculo da autoridade jornalística. Assim, o objetivo geral aqui foi entender qual o lugar ocupado pelas agências de checagem no universo do jornalismo brasileiro e que autoridade jornalística elas têm reivindicado. Uma questão central foi de que maneira o trabalho de fact-checking influencia a credibilidade/autoridade jornalística e se há – e em que medida – comprometimento dessa autoridade a partir do estabelecimento mercadológico dos serviços de checagem. Para isso, analisamos o conteúdo bruto de 677 posts sobre as eleições para presidência do Brasil feitos pelas agências Lupa e Aos Fatos e pelos serviços Fato ou Fake, Estadão Verifica e Folha Informações no período entre 16 de agosto e 30 de outubro de 2022, que compreende o dia do início da campanha eleitoral e o dia da votação do segundo turno das eleições. |