Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Ana Luiza Nunes |
Orientador(a): |
Schmidt, Rita Terezinha |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/204572
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Resumo: |
O que proponho nesta tese é entender como as existências lésbicas se definem – e são definidas – dentro de um discurso que as oprime. Nos caminhos que possibilitam as identificações, problematizo como as tensões dos gêneros, as subversões dos corpos e as ressignificações das sexualidades são constitutivas nos processos de inteligibilidades dissidentes da normatividade binária. Analiso o livro de contos Amora (2015), de Natália Borges Polesso, no qual as protagonistas exploram as suas identificações a partir de perspectivas subjetivas que nem sempre se relacionam com os padrões exigidos pela heterossexualidade compulsória. Desse modo, me apoio na teoria crítica de Judith Butler que, ao longo de seu estudo, assume um compromisso de confrontar as fronteiras que circunscrevem inteligibilidade aos sujeitos; e, em consonância com esse argumento, reforço a sua perspectiva ao indicar uma abordagem interseccional com outras teóricas que também sugerem um olhar contestador das políticas da alteridade – tais como Karen Barad, Donna Haraway, Adrienne Rich e Monique Wittig. Pensando os sujeitos em processo como possibilidades de desconstrução do discurso hegemônico, me coloco como constituinte desse devir que não se acomoda em definições estáticas e imutáveis e transito por entre escritas que permitem à minha existência adotar um significado agencial e contingente. Nesse sentido, refuto os conceitos normativos que se naturalizam nas textualidades políticas e poéticas, uma vez que se valem de um caráter de verdade arbitrária, sob a qual a existência lésbica se restringe à abjeção. Com isso, me preocupo em interpretar a heterogeneidade de linguagens que a pluralidade de vozes sugere, refletindo sobre o protagonismo lésbico (meu e das personagens literárias) em diferentes movimentações e elaborando de modos particulares – ao mesmo tempo que compartilhados – suas significações e, consequentemente, regimes de compreensão de si e do mundo. |