"Não há nada de errado contigo": a revisitação aos estereótipos e a inscrição da existência lésbica em Amora, de Natalia Borges Polesso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Barbosa, Larissa Dias
Orientador(a): Dunder, Mauro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49694
Resumo: À luz da crítica feminista e dos estudos de gênero, esta dissertação tem como objetivo analisar as representações e os estereótipos das lesbianidades nos contos “Flor, flores, ferro retorcido” e “Vó, a senhora é lésbica?”. Ambas as narrativas estão no livro de contos intitulado Amora, publicado em 2015, da escritora Natalia Borges Polesso, que tem por fio condutor histórias de mulheres lésbicas em suas diversas vivências e performances. Na pesquisa, investigamos as maneiras pelas quais Polesso, através da construção das suas personagens, tensiona estereótipos contidos nos imaginários sociais para construir representações plurais das dissidências. A pesquisa discute, ainda, a potência do discurso da escritora, enquanto um viés subversivo dos usos hegemônicos da linguagem no campo literário, ao inscrever em Amora a existência lésbica. Para isso, refletimos a partir da crítica feminista contida em Bonnet (1995), Lauretis (1994), Rich, (2010) e Wiitig (2006), lançando um olhar às construções que a autora faz das personagens lésbicas e dos estudos de gênero cunhados por Butler (2010), Foucault (1999) e louro (2020), buscando compreender como os aspectos das construções sociais de sexualidade e gênero são engendrados nos contos. Diante das análises e discussões dessa pesquisa, compreendemos a importância da obra de Polesso para a construção de um cenário literário brasileiro mais plural e dissidente, que pauta múltiplas mulheres, vivendo sexualidades múltiplas.