Leitura de Amora, de Natalia Borges Polesso, como livro-mosaico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Andrade, Larissa Teodoro [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/63114
Resumo: A presente pesquisa propõe uma análise literária do livro Amora, de Natalia Borges Polesso, publicado em 2015 pela Editora Dublinense de Porto Alegre, pelo selo Não Editora. Vencedor do Prêmio Jabuti de Literatura na categoria contos e crônicas, o livro traz 33 contos divididos em duas partes: “Grandes e sumarentas” e “Pequenas e ácidas”. Em nosso procedimento de análise, consideramos o todo da obra como um projeto definido, ou livro arquitetural (Barthes, 2005), em que os contos formam um mosaico de narrativas sobre relações homoafetivas entre mulheres em seus aspectos afetivos, sexuais, sociais e existenciais. A análise conto a conto e transversal da obra ilumina as questões arquitetônicas do livro e, através do estudo do conjunto de personagens, dos enredos, dos espaços e dos recursos narrativos, aspira-se compreender o mosaico-livro considerando aspectos temáticos e formais da obra. Buscamos identificar questões como a heteronormatividade compulsória (e resistências a ela), manifestações plurais de existência lésbica (Rich, 2010), o posicionamento das personagens em relação ao armário (Sedgwick, 2003) e o incômodo sentido por quem o vive ou o presencia. Analisamos a polifonia na obra (Bakhtin, 2010) levando em conta o livro como um todo e as unidades semânticas formadas pelos contos, segundo a definição do gênero de Cortázar (1996) e Gotlib (2006). Com este aparato teórico, revelamos, então, que o livro Amora é um todo formado por partes conectadas pela reiteração da existência lésbica em cada uma de suas narrativas.