O Encontro Nacional de Educação (ENE) : a articulação entre atores sociais para disputar a produção de um projeto de educação para o Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Cunha, Gabriel Borges da
Orientador(a): Goulart, Sueli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/169949
Resumo: Este trabalho teve como objetivo geral analisar de que modo a articulação entre os atores sociais envolvidos no Encontro Nacional de Educação (ENE) contribui para a constituição de um sujeito sociopolítico para disputar a produção de um projeto de educação para o Brasil. Para realizar este estudo, aproximei-me do grupo que construiu as etapas do RS e de POA frequentando, no período de março de 2016 a maio de 2017, reuniões e trabalhado na realização dessas duas etapas no mês de abril de 2016. Posteriormente, participei da etapa nacional do Encontro realizada entre os dias 16 e 18 de junho de 2016 na cidade Brasília - DF. Para realizar a análise proposta neste estudo, busquei na Teoria da Produção Social, elaborada pelo chileno Carlos Matus, e nas elaborações teóricas da argentina Isabel Rauber, a respeito da articulação entre atores e da constituição do sujeito sociopolítico, os elementos teóricos que pudessem contribuir no atingimento do objetivo deste trabalho. Assim, a articulação produzida entre os atores sociais envolvidos no ENE para disputar a produção de um projeto de educação para o Brasil foi o caso estudado. Como resultados desta pesquisa, observei que os atores sociais partiram de estratégias interativas predominantemente cooperativas para se articular em torno do ENE na Coordenação Nacional das Entidades em Defesa da Educação Pública e Gratuita (CONEDEP). A predominância da cooperação ao interagirem ocorreu porque os atores identificam problemas relacionados, partem de situações em comum e perseguem objetivos semelhantes em relação às políticas educacionais brasileiras. Essa articulação construiu uma unidade de ação de atores articulada nacionalmente e que pode ser fortalecida através da articulação das bases regionais dos atores. Com essa coordenação das ações e manutenção de práticas permanentes de trabalho nacionais e regionais, os atores poderão produzir o projeto de educação que almejam e constituir o sujeito sociopolítico. Esse sujeito atua como uma unidade de ação dos atores orientada pelo projeto produzido, podendo acumular poder e ter, assim, a força necessária para disputar a produção de um projeto de educação para o Brasil.