Tradução em duplo decassílabo do canto VIII da Eneida de Virgílio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Azevedo, Jonathan Henrique Marcos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/30258
Resumo: A Eneida de Virgílio é dessas grandes obras incontornáveis. Com seu enredo de fundo mítico- etiológico, oferece uma experiência literária que encontrou grande reverberação nas sociedades e poéticas subsequentes. Ao longo do tempo, foi traduzida em diversas línguas e de diversas formas – em português, por exemplo, temos versões em prosa e em verso, seja em decassílabos, dodecassílabos, hexâmetros, duplas redondilhas, agora em redondilhas de cordel, entre outros. Seguindo esse filão e inovando ao mesmo tempo, nesta dissertação meu objetivo é traduzir o Canto VIII da Eneida (731 versos latinos) em duplo decassílabo – seguindo a prática inovadora do professor Leonardo Antunes, ainda não empregada na tradução de Literatura Latina. A escolha do Canto VIII se dá pois sua tradução não é recorrente de forma isolada, como os Cantos I ou IV, por exemplo. Para a tradução, foram consideradas algumas discussões teóricas, como o Perspectivismo – que parte da interpretação do texto de partida em vez da intenção do autor e da fidelidade –; a Teoria Prospectiva – que compreende a transposição do sentido global do texto e a recriação das características sonoras do texto-fonte –, apresentada por Oseki-Dépré (1999); e as Atividades de Criação Poética – que procuram abranger a melopeia, a fanopeia e a logopeia –, sistematizadas por Pound (1991). A tradução, com análise e comentários, dos 731 versos latinos do Canto VIII em duplo decassílabo também procura empregar um dialeto poético contemporâneo, fazendo uso de escolhas vocabulares e sintática que possam, de algum modo, facilitar de algum modo a leitura, mas também sem grandes concessões. O uso do duplo decassílabo, com todos os seus desafios, permite ao tradutor algumas vantagens, como o número maior de sílabas para dar conta de retrabalhar conteúdo e forma ao mesmo tempo.