Efeito agudo do tratamento térmico nos níveis de HSP70 e marcadores de estresse oxidativo de ratas wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Miragem, Antônio Azambuja
Orientador(a): Bittencourt Junior, Paulo Ivo Homem de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/127427
Resumo: Os fogachos são a queixa mais comum das mulheres peri- e pós-menopausa e estão fortemente relacionados com a diminuição dos níveis de estrogênio. No entanto, a fisiopatologia deste sintoma vasomotor muito desagradável é ainda desconhecido. Por outro lado, o estradiol (E2) apresenta a capacidade de induzir a expressão de HSP72, um membro da família de 70 kDa das proteínas de choque térmico (HSP70), que são citoprotetoras e cardioprotetoras. Sabe-se que a expressão HSP70 é comprometida em doenças inflamatórias relacionadas com o envelhecimento. Por isso, questionamos se a capacidade do organismo de desencadear uma resposta ao choque térmico (Heat Shock Response) robusta, estaria ainda presente após a retirada, via castração, do E2. Para tanto, foram estudados os efeitos do choque térmico (Heat Shock - HS), através de uma sessão de banho de imersão, em ratas Wistar submetidas a ovariectomia bilateral (OVX), após um período de washout hormonal de 7 dias. Doze horas após o HS, os animais foram mortos e o arco aórtico foi excisado cirurgicamente para análises moleculares. Os resultados foram comparados com os marcadores de estresse oxidativo no plasma (superóxido dismutase, catalase e lipoperoxidação), pois é bem estabelecido que a expressão de HSP70 é sensível a regulação redox. A relação entre a iHSP70 (intracelular) e a eHSP70 (extracelular/plasma), proposto como um índice do estado inflamatório sistêmico, também foi investigada. Os resultados mostraram que a Heat Shock Response continua preservada em animais OVX, como inferido a partir da expressão de HSP70 (até 40% de aumento, p <0,01) nas aortas, o que não foi acompanhado por nenhuma outra alteração em marcadores de estresse oxidativo, parâmetros hematológicos e no controle glicêmico. Desta forma, sugerimos que a avaliação periódica do status de HSP70 (iHSP70 vs eHSP70) pode ser de extrema relevância clínica, pois a diminuição da capacidade de defesa do organismo via Heat Shock Response está no centro do aparecimento de disfunções relacionadas com a menopausa.