Marcadores pancreáticos em equinos portadores de abdome agudo : clínicos e cirúrgicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Munhoz, Fernando Guimarães
Orientador(a): Neves, Adriana Pires
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/272598
Resumo: A doença pancreática em equinos é raramente estudada, no entanto, sua correlação com afecções gastroentéricas e outros distúrbios, como choque séptico e hipovolêmico, já foi demonstrada, sugerindo que a pancreatite pode ser mais frequente nessa espécie do que anteriormente assumido. O objetivo deste estudo consistiu em avaliar a atividade dos marcadores pancreáticos, incluindo as enzimas amilase e lipase, bem como os dados clínicos de 54 equinos que apresentaram quadro de abdome agudo. A avaliação se concentrou na terapêutica empregada (abordagem clínica ou cirúrgica) e na entidade etiopatogênica. Foram examinados os dados clínicos de 54 equinos com abdome agudo encaminhados para tratamento em uma unidade de referência localizada no sul do Brasil. Os dados coletados foram incluídos se todas as seguintes condicionantes fossem cumpridas: (a) admissão do paciente por cólica, independentemente da etiologia; (b) coleta de amostras sanguíneas para exames complementares no laboratório de diagnóstico realizada dentro de 24 horas após baixa hospitalar; e (c) disponibilidade e armazenamento a -20ºC das amostras de soro restantes. Os animais foram agrupados em grupo clínico e cirúrgico (estrangulativos e não estrangulativos), de acordo com a terapêutica empregada para resolução de cada caso, bem como a localização da alteração no trato gastroentérico. Os resultados da amilase e da lipase foram categorizados em cinco escores diferentes, a fim de examinar a correlação entre as enzimas pancreáticas e os casos de abdome agudo. A intervenção cirúrgica foi necessária em 72,22% (n=39) dos casos, enquanto o tratamento clínico representou 27,78% (n=15) dos atendimentos. No grupo cirúrgico, 79,49% (n=31) apresentaram lesões não estrangulativas, enquanto 20,51% (n=8) alterações estrangulativas. No grupo de tratamento clínico, não foram observadas mudanças significativas nos níveis de amilase. Em relação à lipase, apenas 6,66% (n=1) dos pacientes apresentaram hiperlipasemia. No grupo cirúrgico não estrangulativo (n=31), 6,45% (2/31) dos equinos exibiram hiperamilasemia, enquanto 12,90% (4/31) apresentaram níveis de lipase acima dos valores normais. Enquanto no grupo cirúrgico estrangulativo (n=8), 37,5% (3/8) dos pacientes demonstraram hiperamilasemia e 75% (6/8) apresentaram hiperlipasemia. Este estudo demonstrou uma base para a aplicabilidade da mensuração sérica de amilase e lipase, como valor preditivo (associado a outros parâmetros) para afecções cirúrgicas e estrangulativas em equinos.