Evolução genômica em espécies da Subordem Ensifera, com ênfase em duas espécies Neotropicais de grilos Endecous Saussure, 1878 (Orthoptera: Phalangopsidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Anelise Fernandes e
Orientador(a): Deprá, Maríndia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/289871
Resumo: A ordem Orthoptera inclui cerca de 30.000 espécies de grilos, gafanhotos e esperanças. O gênero Endecous, da subordem Ensifera, é restrito a região neotropical e apresenta variações morfológicas, bioacústicas e cromossômicas. A aplicação de análises moleculares pode auxiliar na compreensão da história evolutiva do grupo. Os genomas de Orthoptera são grandes e complexos, com amplas regiões repetitivas que dificultam sua montagem completa. Com isso, genomas mitocondriais são amplamente empregados em estudos evolutivos, fornecendo informações quanto a rearranjos e inferências filogenéticas. As regiões repetitivas no genoma incluem sequências móveis, como os Elementos transponíveis (TEs) que podem influenciar genes e estão ligados às variações de tamanho genômico. O objetivo deste trabalho foi expandir o conhecimento sobre a estrutura e evolução dos genomas de duas espécies de Endecous e discutir a relação entre tamanho genômico e tendências evolutivas em Ensifera. No primeiro estudo, foram montados os primeiros mitogenomas completos de Endecous chape e E. onthophagus, além do mitogenoma parcial de Dianemobius nigrofasciatus. Foram realizadas análises filogenéticas de 49 espécies da infraordem Gryllidea para inferir as relações de Endecous. Quatro tipos de rearranjos na ordem dos genes foram identificados, e estes se alinham com as relações filogenéticas encontradas. O segundo estudo apresentou o tamanho genômico de E. chape e E. onthophagus por citometria de fluxo, e uma revisão quanto ao tamanho dos genomas de Ensifera. Também foi analisado o conteúdo e a diversidade de TEs nos genomas de ambas as espécies de Endecous, oferecendo uma visão geral do comportamento desses elementos ao longo do tempo. As espécies de Ensifera apresentam grande variação no tamanho genômico, com Gryllidea possuindo genomas menores em comparação a Tettigoniidea. A análise dos TEs sugere um equilíbrio entre novas transposições e excisões ao longo do tempo. Os estudos realizados são pioneiros e destacam a importância de ampliar estudos genéticos em Ensifera, decorrente das grandes variações estruturais e evolutivas que podem ser observadas. Assim como a ampliação de pesquisas com Endecous e espécies próximas, gerando uma visão amplificada e robusta da história evolutiva do grupo.