Funk carioca e champeta cartageneira : corporalidades, transgressões e negociações em músicas e bailes de periferia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Giraldo, Maria Alejandra Sanz
Orientador(a): Oliven, Ruben George
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/114420
Resumo: A presente dissertação se baseia na comparação de duas músicas eletrônicas populares de periferias latino-americanas. Trata-se do funk carioca no Rio de Janeiro no Brasil, e da champeta criolla de Cartagena de Indias na Colômbia. Mais do que uma análise musicológica sobre as similitudes e diferenças entre ambos os gêneros, o estudo visa analisar as relações tensas que estas práticas musicais mantêm com seus entornos e como se desenvolvem processos de negociação cultural. As polêmicas que despertam o funk e a champeta nos revelam fragmentações sociais regidas por distâncias simbólicas que configuram um “Outro” definido em termos de classe e raça. Através destas estéticas, e especialmente na dimensão quase ritual do baile, se modelam corporalidades muito visíveis, e sonoridades que ultrapassam as barreiras físicas da festa, transgredindo o lugar de “outredade” designado dentro da ordem hegemônica. Diante do poder dessas expressões de conquistar espaços, se cria um processo de dominação cultural onde o que não se domestica se criminaliza. No entanto, esse processo é muito complexo e implica tanto submissão quanto resistência. Novos espaços e mediadores surgem para estas músicas abrindo as portas para o diálogo cultural, mas não necessariamente implicando uma integração social. De qualquer forma, tanto o funk quanto a champeta viram fontes de agencia para aqueles tradicionalmente invizibilizados por não cumprirem com as expetativas de normalidade cultural e social esperadas.