Icnofósseis de vertebrados das formações Rio do Rasto (Permiano) e Guará (Jurássico) do sudoeste do RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Dias, Paula Camboim Dentzien
Orientador(a): Schultz, Cesar Leandro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/28181
Resumo: Afloramentos da Bacia do Paraná, localizados na porção sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul, petencentes às formações Rio do Rasto (Permiano Médio/Superior) e Guará (Jurássico Superior), tem revelado uma série de icnofósseis de vertebrados. Na Formação Rio do Rasto, coprólitos dos mais variados morfótipos foram encontrados na fácies flúvio-lacustre do Membro Morro Pelado, enquanto na fácies eólica do mesmo membro foi encontrada uma série de tocas de variados tamanhos. Na Formação Guará, por seu turno, foram descritas novas tocas nos estrados eólicos, incrementando o registro já conhecido para aquela unidade. Os coprólitos da Fm. Rio do Rasto foram divididos em 4 diferentes morfótipos: os espiralados (heteropolar e anfipolar), um novo tipo de heteropolar, chamado de limítrofe (Edge) e os coprólitos do tipo “nó” (Knot), além de uma série de outros indeterminados. Estes coprólitos mostram a existência, nos lagos da Formação Rio do Rasto no RS, de uma fauna aquática bastante diversificada, dominada por tubarões de água doce. As tocas encontradas na fácies eólica do topo do Membro Morro Pelado são simples – sem bifurcações - e apresentam 3 diferentes diâmetros, sendo um muito pequeno, com no máximo 7 cm, outro variando entre 9 a 15 cm e um terceiro com largura de 27-37 cm. Este terceiro grupo foi interpretado como sendo as câmaras terminais das tocas de tamanho mediano. Acredita-se que estas tocas foram construídas por dois diferentes animais. Por seu turno, as tocas encontradas na Formação Guará possuem bifurcações e junções do tipo “T” e foram divididas em 3 grupos, de acordo com seus tamanhos. As maiores variam entre 19 - 23 cm de diâmetro e 64 - 148 cm de comprimento, enquanto as tocas médias possuem 10 - 15 cm de diâmetro e 26 - 80 cm de comprimento. Já as tocas pequenas têm no máximo 5 cm de diâmetro e chegam a até 32 cm de comprimento. As escavações encontradas na Formação Guará teriam sido escavadas por três diferentes tetrápodes. Os icnofósseis de vertebrados da Formação Rio do Rasto são descritos pela primeira vez nesta tese e as tocas do Permiano são as mais antigas encontradas em depósitos eólicos.