Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Castro, Neusa Barbosa |
Orientador(a): |
Sonne, Luciana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/202195
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Resumo: |
As doenças micóticas possuem grande importância na veterinária Os gatos são altamente suscetíveis a infecções fúngicas, algumas dessas consideradas como importantes zoonoses. Esse trabalho tem como objetivo descrever casos de doenças micóticas em felinos domésticos que foram diagnosticados pelo Setor de Patologia Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (SPV-UFRGS), no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2015. Para isso, foram revisados os protocolos de biópsias e necropsias desse período e recuperados os dados do histórico, lesões macroscópicas, microscópicas, resultados de cultivos micológicos e realizadas colorações especiais de acido periódico de Schiff (PAS) e Grocott dos casos selecionados. Foram realizadas 1.274 necropsias de gatos no período, destas, 17 corresponderam a doenças fúngicas. Foram recebidos 2.615 materiais provenientes de biopsias de gatos, destes, 59 tiveram diagnóstico de doença micótica. Na grande maioria dos casos, o diagnóstico foi obtido através das características histomorfológicas dos agentes, visto que a maior parte das amostras já chegou ao laboratório fixada em formalina a 10%, ou, durante a necropsia, não se suspeitou de doença micótica, impossibilitando o cultivo fúngico, nos casos em que foi possível enviar fragmentos para cultivo micótico, o material foi remetido ao Laboratório de Micologia da Faculdade de Veterinária da UFRGS. O principal diagnóstico encontrado foi esporotricose, com 5 casos de necropsia e 34 de biópsia, todos os animais apresentavam lesões macroscópicas de pele e grande quantidade de leveduras na histologia. Criptococose foi diagnosticada em 6 necropsias e em 13 biopsias. Na histologia, as leveduras estavam presentes em grande quantidade em meio a pequeno infiltrado inflamatório granulomatoso. O pseudomicetoma dermatofítico foi encontrado em 2 casos de necropsia e 5 de biópsia, e foram caracterizadas pela formação de múltiplas áreas com fenômeno de Splendore-Hoeppli circundadas por infiltrado inflamatório piogranulomatoso. Entre os casos de histoplasmose, 1 correspondeu a necropsia e 2 de biópsias, em todos os casos, a maioria das leveduras estava presente no interior de macrófagos. Dois gatos apresentaram pneumonia por Aspergillus sp. na necropsia, e os dois possuíam histórico de diabetes mellitus. Os demais diagnósticos obtiveram um caso cada, e foram: candidose, feo-hifomicose, dermatite fúngica, enterite fúngica, rinite micótica e dermatite e osteomielite fúngica. Em todos os casos, as estruturas fúngicas foram evidenciadas através das colorações de PAS e Grocott, corando-se fortemente de rosa e preto respectivamente. Através deste trabalho, foi verificado que as principais doenças fúngicas encontradas foram esporotricose (51,31%), criptococose (25,00%) e pseudomicetoma dermatofítico (9,21%). Devido à inespecificidade dos achados clínicos e patológicos a histopatologia é uma ferramenta útil na obtenção de diagnósticos de micoses. |