Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Nunes, André Francisco Nunes de |
Orientador(a): |
Portugal, Marcelo Savino |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/132999
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Resumo: |
Esta tese é composta por três ensaios sobre a estimação bayesiana de modelos DSGE com fricções financeiras para o Brasil. O primeiro ensaio tem o objetivo de analisar como a incorporação de intermediários financeiros num modelo DSGE influenciam na análise do ciclo econômico, bem como uma política de crédito pode ser utilizada para mitigar os choques no mercado de crédito sobre a atividade. O governo brasileiro expandiu o crédito na economia através das instituições financeiras públicas tendo como custo o aumento da dívida pública. Para isso, foi estimado um modelo inspirado em Gertler e Karadi (2011) para avaliar o comportamento da economia brasileira sob a influência de uma política de crédito. Política de crédito mostrou-se efetiva para mitigar os efeitos recessivos de uma crise financeira que atinja a cotação dos ativos privados ou o patrimônio das instituições financeiras. Contudo, a política monetária tradicional se mostrou mais eficiente para a estabilização da inflação em momentos de normalidade. O segundo ensaio consiste na estimação de um modelo DSGE-VAR para a economia brasileira. A parte DSGE consiste em uma economia pequena, aberta e com fricções financeiras na linha de Gertler, Gilchrist e Natalucci (2007). A estimação do modelo indicou que flexibilização do espaço paramétrico possibilitado pelo modelo DSGE-VAR proporcionou ganhos em relação ao ajuste aos dados em relação a modelos alternativos. O exercício também obteve indicações de que os choques externos apresentam impactos significativos no patrimônio e no endividamento das firmas domésticas. Esse resultado fortalece a evidência de que um canal importante de transmissão dos movimentos da economia mundial para a o Brasil ocorre através das firmas. Por fim, no terceiro ensaio tem como foco a transmissão dos choques no spread de crédito bancário para as demais variáveis da economia e suas implicações para a condução da política monetária no brasil. Para isso, foi estimado um modelo DSGE com fricções financeiras para a economia brasileira. O modelo é baseado em Cúrdia e Woodford (2010), que propuseram uma extensão do modelo de Woodford (2003) para incorporar a existência de um diferencial entre a taxa de juros disponíveis aos poupadores e tomadores de empréstimos, que pode variar por razões tanto endógenas quanto exógenos. Nessa economia, a política monetária pode responder não somente às variações na taxa de inflação e hiato do produto através de uma regra simples, como também por meio de uma regra ajustada pelo spread de crédito da economia. Os resultados mostram que a inclusão do spread de crédito no modelo Novo Keynesiano não altera significativamente as conclusões dos modelos DSGE em respostas a perturbações exógenas tradicionais, como choques na taxa de juros, na produtividade da economia e no dispêndio público. Porém, nos eventos que ocasionam a deterioração da intermediação financeira, por meio de choques exógenos sobre o spread de crédito, o impacto sobre o ciclo econômico foi significativo e a adoção de uma regra de política monetária ajustada pelo spread pode conseguir estabilizar a economia mais rapidamente do que uma regra tradicional. |