Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Hansel, Leandro Augusto |
Orientador(a): |
Silva, Eneida Rejane Rabelo da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/249356
|
Resumo: |
A punção de um acesso venoso é o procedimento invasivo mais comum no ambiente hospitalar. O uso da ultrassonografia para orientação do cateterismo venoso periférico em populações e ambientes específicos têm demonstrado benefícios assistenciais aos pacientes submetidos ao seu uso. Resultados da aplicação desta tecnologia em pacientes clínicos fora de áreas críticas, com amostra estratificada por faixa etária são inexistentes. O objetivo geral do estudo foi comparar a assertividade na primeira tentativa de inserção de cateteres venosos periféricos orientados por ultrassom realizada por enfermeiros especialistas com a punção venosa periférica convencional (sem ultrassonografia) realizada por enfermeiros assistenciais. Trata-se de um ensaio clínico randomizado (ECR) tipo PROBE (Prospective Randomized Open Blinded End Point), paralelo, controlado e de centro único, registrado na plataforma ClinicalTrials.gov sob o registro NTC04853264, conduzido em um hospital público universitário, entre 22 de junho e 24 de setembro de 2021. Foram incluídos pacientes adultos hospitalizados em unidades de internação clínica, com indicação de terapia intravenosa compatível com rede venosa periférica. Os participantes foram divididos em grupo intervenção (GI) – inserção de cateter venoso periférico orientado por ultrassonografia executada por enfermeiros especializados de um programa de acesso vascular; e grupo controle (GC) – cateterismo venoso periférico por técnica convencional executada por enfermeiros da prática clínica. A randomização foi realizada em blocos de diferentes tamanhos e estratificados por idade, através de uma ferramenta própria do software Research Electronic Data Capture (REDCap). O desfecho primário incluiu a assertividade de punção/inserção do cateter venoso periférico. Desfechos secundários incluíram o tempo em minutos despendido para a inserção do cateter venoso periférico, classificação das condições da rede venosa periférica, tempo de permanência do cateter venoso periférico e os desfechos compostos durante o seguimento. Foram incluídos um total de 166 pacientes: GI (n = 82) e GC (n = 84), sexo feminino (62,7%), predomínio de etnia branca (81,9%) e média de idade 59,5 ± 16,5 anos. A assertividade na primeira tentativa de punção venosa periférica no GI foi de 90,2% e no GC foi de 35,7% (P < 0,001), com 2,5 (IC 95% 1,88-3,40] entre os grupos. A taxa geral de assertividade foi de 100% no GI e 71,4 % no GC. Quanto ao tempo de realização do procedimento a mediana no GI foi de 5 (4-7) minutos versus 10 (6-27,5) minutos no GC, (P < 0,001). Referente às condições da rede venosa periférica dos pacientes foi evidenciado que 58,5% do GI e 41,7 GC (P = 0,053) apresentavam alto risco de falha na primeira tentativa de punção, conforme a classificação utilizada. A mediana relativa ao tempo de permanência do acesso venoso não teve diferença significativa entre os grupos 4 (2-6) versus 2 (2- 6) dias no GI e GC, respectivamente (P = 0,256). Para os desfechos compostos, os dispositivos intravenosos periféricos do GI apresentaram menor incidência de desfechos negativos, GI com 39% versus GC com 66,7% (P < 0,001), gerando uma probabilidade 42% menor de desfechos negativos no GI, 0,58 (IC 95% 0,43-0,80). Os resultados deste ECR permitem concluir que a assertividade na primeira tentativa de inserção de um cateter venoso periférico foi superior para o grupo em que foi utilizada a ultrassonografia por enfermeiros com expertise nesse procedimento, sem falhas, com menor tempo de inserção e menos incidência de desfechos desfavoráveis. |