Recomendações para o processo de atendimento de participantes de projetos de pesquisas clínicas no Serviço de Emergência do HCPA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Mallmann, Josiane de G.
Orientador(a): Raymundo, Marcia Mocellin
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/212637
Resumo: Introdução: Define-se pesquisa clínica como qualquer investigação em seres humanos, que objetiva descobrir ou verificar os efeitos farmacodinâmicos, farmacológicos ou clínicos, identificando reações adversas, com o intuito de garantir a segurança e a eficácia de novos produtos ou procedimentos. Acredita-se que dentre os motivos pelos quais alguns indivíduos aceitam participar de pesquisas clínicas estão a falta de opção de tratamento, as dificuldades de acesso ao serviço público e a dificuldade de acesso a medicações e exames complementares de alta complexidade. Entretanto, é reconhecida a necessidade de proteção e acompanhamento do participante de pesquisa, iniciado no acolhimento pela instituição, reforçado quando é selecionado para participar da pesquisa clínica e estendido após o final do estudo, até que se tenha certeza da ausência de alterações que possam ser relacionadas à pesquisa. Também é indispensável a pactuação de parcerias e o entendimento comum de todos os envolvidos no processo de retaguarda, para um atendimento adequado em situações de intercorrências clínicas. Percebe-se na literatura atual a escassez de relatos sobre o atendimento de intercorrências clínicas de participantes de pesquisa em emergências. Porém, na vivência diária, identificamos que a equipe multidisciplinar envolvida neste atendimento frequentemente encontra dificuldades para proceder este atendimento. Estas dificuldades podem estar associadas a falta de fluxos e processos definidos para este atendimento. Objetivo: Conhecer o processo atual de atendimento de participantes de projetos de pesquisa que buscam atendimento diretamente no Serviço de Emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, sem encaminhamento prévio pelo pesquisador, com vistas a propor melhorias para este atendimento. Metodologia: Estudo transversal exploratório descritivo, executado no Serviço de Emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, por meio de análise do processo atual de atendimento de pacientes participantes de projetos de pesquisa, com base em documentos institucionais e rotinas de atendimento, e, da aplicação de um questionário para verificar o nível de conhecimento dos profissionais sobre o atendimento desses pacientes. O questionário foi enviado a 288 colaboradores que prestavam assistência direta ao paciente, sendo obtido 110 retornos no período de três meses. Resultados: Com base nas informações obtidas, percebeu-se que inexistiam registros adequados para a identificação imediata dos participantes de pesquisa que buscam o Serviço de Emergência sem encaminhamento prévio do pesquisador, bem como a ausência de informações sobre o projeto no prontuário, principalmente sobre possíveis riscos decorrentes da participação no estudo. Sendo assim, a partir desta avaliação, foram elaboradas recomendações e sugerido um novo fluxograma para o processo de atendimento de participantes de pesquisas clínicas desenvolvidas na instituição pelo Serviço de Emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.