Fonoarticulação e traços suprassegmentais da fala em gestantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rechenberg, Leila
Orientador(a): Capp, Edison
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Voz
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/218947
Resumo: Introdução: a gestação envolve intensas modificações anatomofisiológicas e metabólicas e, ainda que de forma transitória, estas podem repercutir em aspectos fonoarticulatórios. Estudos foram publicados sobre o tema, mas os efeitos da gestação e das condições clínicas da gestante sobre aspectos prosódicos da fonação são ainda pouco evidenciados. Objetivo: avaliar possíveis modificações fonoarticulatórias ao longo da gestação e se estas se relacionam às condições clínicas da gestante. Método estudo observacional, prospectivo e longitudinal envolvendo gestantes de baixo risco, avaliadas no 1º, 2º e 3º trimestre gestacionais. Instrumentos de pesquisa: questionário semiestruturado sobre aspectos sócios demográficos, hábitos de vida, condições de saúde; gravação de voz (vogal sustentada, fala automática e espontânea) e análise dos parâmetros acústicos fonoarticulatórios (tempo máximo de fonação, f0, f0sd, jitter, shimmer, PHR, f0r, taxa de fala e medidas de pausa); QAFG e ESV para análise do nível de atividade física e sintomas vocais, respectivamente. Resultados: não foram observadas modificações em parâmetros de f0, jitter, shimmer e PHR durante a gestação. O tempo máximo de fonação (TMF) foi menor, enquanto a taxa e a duração das pausas aumentaram no 3º trimestre. Foi observada relação entre os parâmetros fonoarticulatórios (MPT, f0r e medidas de pausa) e as seguintes condições clínicas: inatividade física, IMC pré-gestacional ≥25 e ganho excessivo de peso ao final da gestação. Não se observa relação entre parâmetros fonoarticulatórios e refluxo gastroesofágico, qualidade do sono e sintomas vocais. Conclusão: a gestação afeta os aspectos fonoarticulatórios, em especial os aerodinâmicos, como tempo máximo de fonação e medidas de pausa. Inatividade física, sobrepeso ou obesidade pré-gestacional e ganho de peso excessivo ao final da gestação se relacionam às modificações fonoarticulatórias na gestação.