Avaliação da qualidade de vida de pacientes que utilizaram terapia com ECMO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Russo, Diana da Silva
Orientador(a): Boniatti, Márcio Manozzo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/267534
Resumo: Objetivo: Avaliar a qualidade de vida através da escala EQ-5D-QL, o grau de dispneia, a prevalência de retorno ao trabalho e a associação entre variáveis sociodemográficas e clínicas na qualidade de vida dos pacientes sobreviventes à terapia com ECMO. Método: Esta tese é composta por três partes: (1) Revisão de literatura sobre a ECMO, sua utilização e especificidade além de estudos sobre qualidade de vida após sua utilização; (2) Revisão sistemática com o objetivo de verificar na literatura atual estudos publicados sobre qualidade de vida em pacientes que utilizaram ECMO; (3) Elaboração de um estudo multicêntrico com o objetivo de investigar em pacientes sobreviventes a terapia com ECMO qual a qualidade de vida nos dias de hoje. Resultados: Na revisão sistemática, incluímos treze estudos. Do total de estudos, sete indicaram que a qualidade de vida era boa ou comparável à dos pacientes que não se submeteram ao tratamento com ECMO. No segundo estudo, incluímos um total de 43 pacientes. Verificamos que 78,6% dos pacientes relataram algum nível de problema de mobilidade, 81,0% encontraram dificuldades com o autocuidado, 85,7% enfrentaram desafios na realização de atividades habituais, 100% relataram dor ou desconforto e 95,2% relataram ansiedade ou depressão. Todos os pacientes apresentaram dispnéia pelo menos moderada. Com relação ao retorno ao trabalho, apenas 16 pacientes (37,2%) conseguiram retornar ao cargo anterior após a internação. Sexo feminino e a necessidade de VV-ECMO, em oposição a VA-ECMO, foram associados a uma maior qualidade de vida em uma análise de regressão linear múltipla. Conclusão: Este estudo demonstrou que os sobreviventes da ECMO podem alcançar uma qualidade de vida razoável destacam um prejuízo significativo na qualidade de vida. É importante ressaltar que nossos achados sugerem que pacientes com VA-ECMO podem ser particularmente vulneráveis a prejuízos mais pronunciados na qualidade de vida e à gravidade da dispneia em comparação com pacientes com VV-ECMO.