Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Riesgo, Rudimar dos Santos |
Orientador(a): |
Rotta, Newra Tellechea |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/164519
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Resumo: |
As pontas capturadas da região rolândica ( centrotemporal) nos eletrencefalogramas (EEG) de crianças com ou sem convulsões têm sido descritas e discutidas em detalhes desde os anos 50 e, quando estão associadas à crises convulsivas razoavelmente estereotipadas, constituem uma síndrome eletroclínica atualmente conhecida como epilepsia rolândica benigna da infância (ERBI). A ERBI é a mais comum das epilepsias parciais benignas da infânci~ tem um curso auto-limitado e idade-dependente e usualmente não está associada à alterações estruturais no sistema nervoso central (SNC). Contudo, tem aumentado o número de casos com lesões orgânicas concomitantes no SNC. Tal fato levou à criação de dois subgrupos, "benigno, e "não benigno,, e criou a necessidade de definir parâmetros adicionais de benignidade eletrográfica. Foram avaliadas as possíveis associações entre achados do EEG interictal e comportamento clínico em um estudo tipo corte transversal feito em 60 casos consecutivos de ERBI, testando quatro critérios de benignidade eletrográfica - morfologia dos paroxismos, dipolo horizontal, ritmos cerebrais de base e lateralidade das pontas rolândicas. Também foi avaliada a associação entre achados de neuroimagem e as classificações eletrográfica e clínica, bem como a possibilidade de encontrar dados relevantes na comparação entre o subgrupo no qual houve coincidência entre as classificações eletrográfica e clínica e o subgrupo sem tal coincidência nas classificações. Da análise dos resultados foi possível concluir que existe uma associação estatisticamente significativa entre os achados do EEG interictal e o comportamento clínico da ERBI e que tal associação demonstrou sensibilidade de 73,5%, especificidade de 81 ,8%, valor preditivo positivo de 94,8% e valor preditivo negativo de 40,9%. Na comparação entre os subgrupos Concordante e Discordante, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas quanto à sexo, idade de início das crises convulsivas, uso de anticonvulsivantes e avaliação neurorradiológica. Pontas rolândicas estereotipadas, dipolo horizontal presente e atividade cerebral de fundo normal foram parâmetros de benignidade eletrográfica que predominaram no subgrupo Concordante e a associação atingiu níveis de significância estatística. Dentre os 4 critérios de benignidade eletrográfica na ERBI testados, 3 estiveram associados com a classificação clínica de modo estatisticamente significativo: morfologia das pontas rolândicas, presença de dipolo horizontal e atividade cerebral de fundo. O fato de as pontas rolândicas serem uni ou bilaterais não se associou com o comportamento clínico e nem foi capaz de discriminar os subgrupos Concordante e Discordante de modo estatisticamente significativo. Idade de início das crises convulsivas e sexo não estiveram associados de modo estatisticamente significativo com o comportamento clínico da ERBI. Houve associação estatisticamente significativa entre os achados de neuroimagem e as classificações clínica e eletrográfica. Dentre os casos com exames neurorradiológicos anormais, 80% já haviam sido previamente classificados como eletrograficamente não benignos. Os casos com prévia classificação eletrográfica benigna tiveram 21 vezes mats probabilidades de também serem classificados como clinicamente benignos, segundo os critérios propostos. |