Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Banaskiwitz, Natalie Helene Van Cleef |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-01082012-082156/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Diversas alterações cognitivas têm sido associadas à epilepsia focal benigna da infância com pontas centrotemporais (EFCT), incluindo distintos aspectos das funções executivas. Neste trabalho, estudamos o perfil do desempenho de crianças com EFCT em testes de funções atencionais e executivas. Calculamos o QI estimado que foi utlizado como critério de exclusão e também para verificar a influência da inteligência no desempenho dos testes. MÉTODOS: Cinqüenta e oito crianças com idade entre 8 e 13 anos participaram deste estudo, sendo 30 crianças diagnosticadas com EFTC e 28 crianças hígidas. Foram usados os seguintes instrumentos: subtestes Vocabulário e Cubos da Escala de Inteligência Wechsler para Crianças 3ª Ed (WISC-III), Teste Stroop versão Victoria, Teste Wisconsin de Classificação de Cartas versão modificada (MCST), Fluência Verbal Fonêmica, Subteste Dígitos da WISC-III, Subteste Códigos da WISC-III, Teste Atenção Concentrada e Torre de Londres. O grupo de estudo foi ainda subdividido em relação à lateralidade da atividade epileptiforme e ao uso de medicação antiepiléptica e comparado ao grupo controle. RESULTADOS: A análise da correlação entre o QI estimado e o desempenho dos testes foi considerada estatisticamente fraca. Os grupos se mostraram homogêneos quanto às variáveis sociodemográficas e também quanto à lateralidade da crise e ao uso de medicação. As crianças com EFCT, especificamente as que apresentavam atividade epileptiforme à esquerda e fazendo uso de medicação possuíam QI dentro da média, porém o seu desempenho foi estatisticamente inferior em relação ao grupo controle e às crianças com atividade à direita, bilateral e sem medicação. O tempo de execução no cartão 1 (Controle) do Teste Stroop foi maior para o grupo de estudo em relação aos controles, sem diferença estatística em relação à lateralidade da descarga epileptiforme e ao uso de medicação. Todos os grupos (descarga à esquerda, descarga à direita, descarga bilateral, com e sem medicação) demonstraram piores rendimentos em relação ao grupo controle. Entretanto, o grupo com descarga à direita e o grupo sem medicação apresentaram resultados menores quando comparados ao grupo controle. Com relação ao Teste de Classificação de Cartas versão modificada, observamos que o grupo com descarga à esquerda e o grupo sem medicação apresentaram piores desempenhos no número de categorias e na eficiência de categorização, enquanto apenas no grupo sem medicação houve maior quantidade de erros que o grupo controle. Nos demais instrumentos, não houve diferença estatística significativa entre os grupos analisados. CONCLUSÃO: A análise da correlação entre o QI estimado e o desempenho dos testes demonstra que o QI estimado não influenciou nos resultados dos testes. Os grupos com descarga à esquerda e com medicação possuem eficiência intelectual menor. Os grupos com descarga à esquerda e sem medicação possuem pior desempenho na capacidade de criação de estratégias para resolução de problemas. Todos os grupos apresentaram resultados menores que o grupo controle na fluência verbal, com maior diferença do grupo com descarga à direita e do grupo sem medicação em relação ao grupo controle. Concluiu-se assim que crianças com EFTC apresentam dificuldades cognitivas e de alguns aspectos da função executiva dependendo de variáveis como lateralidade do foco e do uso ou não de medicação |