Evidências de validação do Questionário de Bullying de Olweus versão vítima e versão agressor para adolescentes brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Vizini, Simone Thais
Orientador(a): Heldt, Elizeth Paz da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/178254
Resumo: Recentemente, o constructo unidimensional e a confiabilidade do Questionário de Bullying de Olweus (QBO) - versão vítima e versão agressor - foram avaliados com resultados satisfatórios. O objetivo do presente estudo foi o de verificar evidências de validação das versões do QBO para adolescentes brasileiros por meio do constructo de fatores, da validade de critério e da consistência interna. Trata-se de um estudo transversal e a amostra foi composta por 1401 alunos, de ambos os sexos, com idade entre 10 a 17 anos, do 5º ao 9º ano do ensino fundamental de escolas da rede pública. O QBO é um instrumento de autorrelato, composto por 23 itens relacionados à prática de bullying (versão agressor) e por 23 itens relacionados à vitimização (versão vítima). Para definir os fatores a serem testados, por meio da Análise Fatorial Confirmatória (AFC), considerou-se a característica da atitude representada no item. Cada fator foi composto pelos mesmos itens do QBO-vítima e do QBOagressor, sendo: três fatores - direto físico = 9 itens, direto verbal = 8 itens e indireto = 6 itens; e quatro fatores - físico = 6 itens, verbal = 5 itens, relacional = 9 itens e dano = 3 itens. A validade de critério foi realizada através da análise convergente de correlação com o Questionário de Capacidades e Dificuldades-versão criança (SDQ-C) que foi preenchido concomitante ao QBO. A consistência interna foi verificada pela confiabilidade interavaliadores (coeficiente alfa de Cronbach). A AFC foi realizada com o QBO de 858 (61,2%) adolescentes, categorizados como envolvidos com bullying, sendo: 212 (24,7%) exclusivo vítima; 191 (22,2%) exclusivo agressor e 455 (53%) vítima-agressor. Em ambas as versões, os ajustes da AFC foram considerados satisfatórios, com índices semelhantes tanto para três fatores quanto para quatro fatores. No entanto, a confiabilidade do modelo de três fatores do QBO, para ambas as versões, apresentou melhores coeficientes (α >0,700) e foi considerado satisfatório. A análise de convergência do QBO unidimensional com o SDQ-C demonstrou correlação significativa moderada (r > 0,300) para os domínios conduta com o QBO agressor; relacionamento com o QBO vítima, tanto para meninos quanto para as meninas. Os resultados evidenciaram a possibilidade de identificar as diferentes formas de bullying com base no modelo de três fatores do QBO, definidos como direto físico, direto verbal e indireto. A relevância em definir os fatores das versões do QBO está em aprimorar a avaliação das diferentes formas de bullying, com instrumento validado em nosso meio e, assim, contribuir para especificar diferentes estratégias de intervenção para prevenir o bullying escolar.