Sujeito e psicose na clínica psicanalítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Ghilardi, Ricardo Bertazzo
Orientador(a): D'Agord, Marta Regina de Leao
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/130518
Resumo: Este trabalho de dissertação de mestrado se desenvolve em torno da pergunta sobre o sujeito na clínica psicanalítica das psicoses e trata de indagar sobre a estrutura em que o sujeito está simbolicamente representado, e na qual, ao mesmo tempo, ele faz parte. Indica-se o termo sujet para apontar a direção de Lacan de seu uso, fazendo um apanhado sobre os conceitos de sujeito e psicose na tentativa de desenvolver especificidades da relação entre os mesmos. Nota-se que a inferência clínica de não haver sujeito na estrutura das psicoses está sustentada sobre dois eixos principais que estão apontados neste trabalho: a relação dialética sujeito-objeto e o próprio conceito de estrutura. Neste sentido, faz-se uma crítica a estes dois eixos por não concernirem necessariamente à psicanálise. Utilizamos a banda de Moebius como estrutura topológica em homologia com o conceito de sujeito. Somente depois de se percorrer a banda de Moebius é que se revela que esta é de uma superfície unilátera. Assim também a posição de sujeito é efeito de um percurso no tempo e no espaço. Na escuta psicanalítica trata-se de ler um percurso discursivo (tempo) em um endereçamento ao lugar do Outro (espaço). Esta pesquisa mostra que sujeito é uma posição discursiva, efeito da relação entre a fala e a linguagem. Desta forma, podemos pensar o conceito de inconsciente e suas formações para todo o sujeito falante, indo além das restrições que o conceito de estrutura impõe à emergência do sujeito. Ao final, apresenta-se a hipótese da exclusão do sujeito do campo do Outro, como lugar de reconhecimento do sujeito, o que provoca efeitos tanto no âmbito subjetivo como nas práticas de cuidado que orientam as ciências atuais, como a psiquiatria, a psicologia e a psicanálise.