Marcadores moleculares e citogenéticos para inferência de relações filogenéticas em quatro espécies neotropicais de grilos Oecanthus SERVILLE, 1831 (ORTHOPTERA, GRYLLIDAE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Anelise Fernandes e
Orientador(a): Deprá, Maríndia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/212101
Resumo: A ordem Orthoptera apresenta distribuição mundial e foi utilizada como organismo modelo em diversos estudos, principalmente nas áreas de filogenética e citogenética. Este grupo se divide nas subordens Caelifera e Ensifera, sendo o último considerado o mais antigo. As primeiras filogenias de Ensifera se basearam em taxonomia e bioacústica, e depois a utilização de genes permitiram maior suporte às pesquisas. Em Ensifera, o táxon Grylloidea é considerado o mais basal, sendo composto por 13 subfamílias, dentre elas Oecanthinae. Os grilos desta subfamília são conhecidos como grilos arbóreos, e o gênero Oecanthus, é o principal representante, com 72 espécies descritas e ampla distribuição mundial. O gênero é considerado recente na história evolutiva dos grilos, tendo suas relações filogenéticas estudadas apenas para algumas espécies com ocorrência na China. Além disso, os estudos citogenéticos são escassos, uma vez que apenas seis espécies tiveram seus cariótipos descritos, sendo estas: O. indicus, O. nigricornis e O. quadripunctatus com 2n=19, X0, O. longicauda e O. pellucens com 2n=20, XY, e O. valensis com 2n=18, XY. Todos os cariótipos compartilham a mesma assimetria, incluindo cromossomos grandes e pequenos. Assim, o objetivo deste trabalho foi descrever os cariótipos das espécies Neotropicais dos grilos O. valensis, O. pictus, O. pallidus e O. lineolatus, e analisar as relações filogenéticas destas espécies empregando marcadores moleculares e os dados disponíveis nos bancos de dados, de espécies do gênero Oecanthus. As filogenias foram reconstruídas por Inferência Bayesiana utilizando os genes COI, 12S, 16S e 18S rDNA. Para as análises citogenéticas foram realizadas técnicas de coloração convencional e Bandeamento C; a técnica de FISH foi empregada em O. pictus, utilizando o marcador 18S rDNA. As relações filogenéticas e a descrição dos cariótipos das espécies indicam que estes caracteres estão derivando de forma independente. Os dados mostram um padrão filogenético de separação clara entre grupos Neártico, Paleártico e Neotropical, enquanto os padrões cromossômicos se misturam em relação a morfologia e mecanismo de determinação do sexo.