A política externa do Iraque (1979-2003) : condicionantes, incentivos e constrangimentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Felisberti, Marina
Orientador(a): Vizentini, Paulo Gilberto Fagundes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/225370
Resumo: Este trabalho objetiva investigar os condicionantes, incentivos e constrangimentos da Política Externa do Iraque durante a administração de Saddam Hussein (1979-2003). Para tanto, a pesquisa parte do pressuposto de que existe uma relação intrínseca entre os movimentos políticos do Sistema Internacional e a formulação da Agenda externa do Estado iraquiano, diretamente influenciada pelo seu processo histórico formativo e pelas dinâmicas do seu ambiente nacional. Desta forma, a pesquisa buscou, paralelamente, desmistificar a noção de que a elaboração de Política Externa no Oriente Médio seria um produto idiossincrático de ditadores personalistas ou o simples resultado irracional da instabilidade doméstica. Preocupando-se em elaborar uma pesquisa sustentada por conceitos analíticos que evitem uma descrição a-histórica do objeto de análise, a Política Externa iraquiana foi examinada a partir dos múltiplos fatores que definiram seus movimentos entre 1979 e 2003, a saber: (1) no nível estatal, os interesses e desafios internos aos quais os tomadores de decisão responderam quando moldaram a Política Externa iraquiana, condicionados pelo grau de consolidação de suas instituições, sua retórica político-partidária e seus gargalos econômicos nacionais; (2) no nível regional, a organização geopolítica do cenário regional na qual o Iraque esteve inserido, como a crescente heterogeneidade do relacionamento árabe e a busca pela afirmação do interesse nacional em detrimento do relacionamento com Estados vizinhos, como o Irã e o Kuwait; (3) e, no nível internacional, as estruturas e processos sistêmicos - o equilíbrio de poder, a dependência econômica e os movimentos ideológicos transnacionais - que condicionaram os meios pelos quais o Estado buscou concretizar seus objetivos, ora em forma de incentivo e ora em forma de constrangimento.