Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Confortim, Heloísa Deola |
Orientador(a): |
Silva, Lenir Orlandi Pereira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/201551
|
Resumo: |
A hipóxia-isquemia encefálica (HIE) neonatal é uma das principais causas de mortalidade e morbidade neonatal, contribui para a incapacidade geral, levando ao comprometimento motor e de estruturas relacionadas. Os modelos animais disponíveis para mimetizar essa patologia mostram resultados contraditórios, especialmente relacionados à função motora, dificultando assim a translação dos resultados encontrados. Da mesma forma, estudos pré-clínicos que avaliem os benefícios de protocolos de exercício que já são utilizados na clínica como forma de tratamento para esta patologia, ainda são escassos. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de diferentes protocolos de exercício físico (aeróbico e acrobático) sobre a função motora, o córtex sensoriomotor, o trato corticoespinal, medula espinal, junções neuromusculares e músculo esquelético em ratos Wistar machos submetidos a um evento hipóxico-isquêmico encefálico no período neonatal. O protocolo experimental teve início no 7º dia pós-natal (DPN), quando ratos Wistar machos foram submetidos à HIE neonatal de acordo com o modelo proposto por Rice- Vannuci. A partir do 22º DPN até o 60º DPN, foram realizados os protocolos de exercício (aeróbico ou acrobático) e foram definidos então seis grupos experimentais: grupo controle não exercitado (CT), grupo controle submetido a treinamento em esteira (CTT), grupo controle submetido a treinamento acrobático (CTA), grupo HIE não exercitado (HIE), grupo HIE submetido ao treinamento em esteira (HIET) e grupo HIE submetido ao treinamento acrobático (HIEA). Após o fim do treinamento, a função motora geral dos animais foi avaliada através dos testes: Campo aberto, Escada horizontal e Rotarod. Também foram avaliados a capacidade de utilização, a preferência e a força dos membros anteriores dos animais através do Pasta Matrix Reaching Task (PMRT). Após a realização dos testes comportamentais, os animais foram eutanasiados e os encéfalos, fragmentos da medula espinal, nervo isquiático e músculo plantar foram coletados para análise morfológica. Também foi realizada a técnica de imunohistoquímica com marcação das proteínas sinaptofisina (SYP), NeuN e proteína glial fibrilar ácida (GFAP) no córtex motor primário. Nossos principais resultados mostraram que a HIE causou atrofia cerebral, déficits de aprendizado, comprometimento na locomoção observado no teste da escada horizontal e menor utilização/preferência do membro afetado pela lesão demonstrado pelo teste PMRT. 8 Em relação à plasticidade celular, foi possível observar um aumento no número de astrócitos e da proteína SYP no córtex motor nos ratos HIE no lado ipsilateral à lesão. Não encontramos alterações morfológicas no córtex sensoriomotor, no nervo isquiático, na medula espinal, nas junções neuromusculares e no músculo esquelético dos animais submetidos ao modelo de HIE neonatal, tampouco efeitos do exercício físico sobre esses parâmetros. Contudo, um efeito benéfico do treinamento acrobático foi evidenciado nos animais HIE, demonstrado pela melhora na locomoção avaliada no teste da Escada horizontal e uma diminuição da atrofia cerebral. Esses resultados mostram evidências pré-clínicas de que o exercício acrobático pode ser uma boa opção terapêutica após eventos de HIE neonatal, sendo responsável pela melhora de aspectos cognitivos e motores. |