Evolução paleoceanográfica e estratigrafia isotópica com foraminíferos planctônicos no quaternário tardio da Bacia de Campos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Petró, Sandro Monticelli
Orientador(a): Coimbra, João Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
14C
MIS
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/94686
Resumo: Os foraminíferos são o grupo de microfósseis mais utilizado em bioestratigrafia, são considerados os principais portadores de informações paleoceanográficas e apresentam aplicações à análise de bacias sedimentares. O objetivo principal deste trabalho é propor um modelo de reconstrução paleoceanográfica na Bacia de Campos, analisando 61 amostras retiradas do testemunho GL-77, coletado no talude inferior, offshore da bacia. O intervalo contempla os dois últimos ciclos Glacial- Interglacial, correspondentes às biozonas de foraminíferos planctônicos W (parcialmente), X, Y e Z. Por meio das análises de fauna total, datações em 14C e análises isotópicas de δ18O e δ13C nas carapaças de foraminíferos planctônicos, obtiveram-se estimativas de variações de paleoprodutividade, paleossalinidade e paleotemperatura superficiais do mar; foi elaborado um modelo de idade e, posteriormente, as estimativas de taxas de sedimentação. O modelo de idade identificou o Último Máximo Glacial (UMG) e estimou as idades de alguns eventos bioestratigráficos, como o datum YP.2, o limite MIS 3/4 (coincidente com o limite Y2/Y3), o limite Y1/Y2 e o datum YP.4. As taxas de sedimentação estão estranhamente elevadas na Biozona X (intervalo glacial) onde se esperaria taxas menores. No Holoceno há uma elevada taxa de sedimentação, associada à influência do delta do Rio Paraíba do Sul, na porção norte da bacia. As paleotemperaturas reagem sazonalmente no intervalo glacial, onde a amplitude entre verão e inverno é maior que a registrada nos períodos interglaciais. Foi observada uma correlação das paleotemperaturas com as condições ambientais marcadas pelas subzonas quentes e frias na Biozona X. Baseado na razão P/B pode ser identificado um limite de sequências junto ao limite MIS 4/5. A paleossalinidade reduz em intervalos de degelo. A paleoprodutividade diminui de 29 ka (limite MIS 2/3) ao UMG e aumenta próximo ao limite Pleistoceno/Holoceno. Finalmente, se observou que a transição Pleistoceno/Holoceno ocorre dentro da Biozona Y, e não é relacionada temporalmente ao início da Biozona Z.