Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Reuter, Éboni Marília |
Orientador(a): |
Mello, Elza Daniel de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/198949
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Resumo: |
Introdução: Como enfermidade multifatorial, a obesidade resulta da interação do ambiente, do comportamento e da genética. A genética é um fator não-modificável, sendo o polimorfismo de nucleotídeo simples rs9939609 relacionado com a obesidade, especialmente em caucasianos. Estudos indicam que esta relação pode variar conforme a idade, com uma influência desde a infância. Entretanto, não está estabelecido como o alelo A, fator de risco à obesidade, se comporta ao longo do tempo, especialmente na transição da infância para a adolescência, em relação a marcadores de obesidade e obesidade central. Objetivo: Avaliar a relação entre o estado nutricional e o polimorfismo rs9939609 (gene FTO) de crianças e adolescentes em um intervalo de três anos. Método: Estudo longitudinal, retrospectivo, conduzido em um município do interior do Rio Grande do Sul - Brasil. Escolares de 7 a 17 anos de idade, que participaram da avaliação em 2011/12 e retornaram em 2014/15, compuseram a amostra. Foram selecionados sujeitos com dados completos de caracterização sociodemográfica, de antropometria e composição corporal e do polimorfismo rs9939609. Foram selecionados os valores e as classificações da circunferência da cintura (CC), razão cintura-estatura (RCE), índice de massa corporal (IMC) e percentual de gordura corporal (%G). O polimorfismo rs9939609 (gene FTO), foi genotipado pela técnica da cadeia da polimerase (PCR) em tempo real, sendo definido os genótipos TT e AT/AA. A presença do alelo A foi considerado como fator de risco para obesidade. Em uma primeira etapa, a análise constou de comparações intergrupo (entre os genótipos) e intragrupo (entre os períodos), com o uso do teste de Mann-Whitney e Wilcoxon (dados contínuos), bem como qui-quadrado e Wilcoxon (categóricos). Em uma segunda etapa, foi avaliada a evolução dos escolares nos períodos quanto a presença de obesidade, pelo teste de McNemar. Para identificar associação entre a obesidade e o polimorfismo, foi calculado o risco relativo (RR), pela regressão de Poisson com variância robusta. O modelo foi ajustado para sexo, cor da pele, região escolar e estágio puberal. Resultados: Em comparações intergrupo, em 2014/15 foi identificado que escolares com alelo A apresentaram maior ocorrência de alto risco cardiovascular avaliado pela CC (TT: 15,8%; AT/AA: 27,5%, p=0,011). Neste período, o RR de escolares com genótipo AT/AA apresentarem CC correspondente a obesidade foi 1,49 (IC 95% 1,01-2,20), aumentando para 1,87 no modelo ajustado (IC 95% 1,19-2,92). O risco de desenvolver ou manter CC elevada foi maior naqueles com alelo de risco, sendo o RR de 1,66 (IC 95% 1,07-2,58). O risco permaneceu, em menor intensidade, quando ajustado para variáveis confundidoras (RR ajustado: 1,11; IC 95% 1,03-1,20). Não foram identificadas diferenças nas comparações e associações para os demais marcadores do estado nutricional. Conclusões: Os achados revelam que há relação entre o estado nutricional e o polimorfismo rs9939609 (gene FTO) em crianças e adolescentes. A presença do alelo A, homozigoto ou heterozigoto, está associada a obesidade central, expressada pelos valores de CC, podendo ser um preditor no aumento da gordura abdominal na população infantojuvenil. |