Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Costa, Camila Furlan da |
Orientador(a): |
Goulart, Sueli |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/16769
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Resumo: |
Este estudo tem como objetivo identificar e analisar as características das relações entre atores sociais e governamentais na produção de acontecimentos com vistas ao desenvolvimento local. A motivação para a realização deste estudo surgiu a partir da aproximação com o Programa Redes de Cooperação - política pública para o desenvolvimento socioeconômico do Rio Grande do Sul - buscando o entendimento dos acontecimentos produzidos a partir das ações do Programa. Para mapeamento e compreensão das relações entre os atores sociais utilizei a Teoria da Produção Social de Carlos Matus. Considerando que o programa incentiva a formação de uma rede e que esta gera implicações para o lugar, adotei uma noção de território que contempla as dimensões política, econômica, cultural e geográfica do lugar. Busquei também categorias analíticas - formas de articulação, direção dos movimentos das forças e recortes territoriais - em Milton Santos que possibilitaram considerar as implicações das relações entre os atores e o lugar. Adotei o conceito de Sistema Local Territorial como instrumento de análise da política pública. Assim, quanto à estratégia de pesquisa, esta investigação caracteriza-se como um estudo de caso qualitativo (YIN, 2001; STAKE, 2004). Escolhi a Rede Arrozeiras do Sul, rede de indústrias de beneficiamento de arroz fundada na Região Central do Estado, como o caso a ser analisado. Como resultados da pesquisa, observei nas relações em rede a produção de feno-estruturação social, ou seja, mesmo que a Rede tenha sido criada segundo regras determinadas pelo Programa Redes de Cooperação - as geno-estruturas - os atores que a formam e que se relacionam, produzem novos fluxos e acumulações capazes de gerar mudanças nas regras iniciais e, consequentemente, no e para o lugar. Os acontecimentos produzidos e analisados permitiram inferir que não há como vincular diretamente a ideia de rede, como forma organizacional, à capacidade de produzir desenvolvimento local. Mas, as práticas organizativas em articulação com o território, produzindo e sendo produzidas pelas territorialidades podem, efetivamente, gerar acontecimentos nos lugares. Tais acontecimentos serão fruto e semente das relações entre atores sociais que se mobilizam em torno de projetos orientados por interesses diversos, mas que são portadores de capacidade de produção social. |