Caracterização fenotípica e genotípica e avaliação do perfil de suscetibilidade de Salmolella isoladas de alimentos de origem animal no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rau, Renata Batista
Orientador(a): Barth, Afonso Luis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/200768
Resumo: Objetivos: Realizar a identificação dos sorovares mais prevalentes e determinar o perfil de suscetibilidade de isolados de Salmonella obtidos de carnes de aves e suínos produzidas no Brasil. Pesquisar a presença do gene mcr-1, de resistência às polimixinas, e caracterizar molecularmente os isolados que apresentaram esse mecanismo de resistência. Métodos: Foram avaliados, em carnes de aves, 146 isolados de Salmonella obtidos no ano de 2014 e 163 isolados no ano de 2017; e em carcaças suínas, 114 isolados de Salmonella obtidos entre os anos de 2014 e 2015. A determinação dos sorovares foi realizada por ribotipagem automatizada e o perfil suscetibilidade foi avaliado através de microdiluição em caldo, utilizando 13 antimicrobianos. O gene mcr-1 foi pesquisado por PCR, utilizando primers específicos, em 490 isolados de Salmonella obtidos de carnes de aves, perus e suínos. Os isolados positivos para o gene mcr-1 foram submetidos a análises de sequenciamento de genoma completo e a experimentos de conjugação. Resultados: S. Heidelberg (2014 - 38%; 2017 - 57%) e S. Minnesota (2014 - 12%; 2017 - 24%) foram os sorovares mais prevalentes em carne de aves, enquanto S. Typhimurium 4,[5],12:i:- (23%), S. Derby (21%), S. Typhimurium (15%) e S. Panama (15%) foram os predominantes em carcaças de suínos. Isolados de Salmonella de carne de frango apresentaram resistência principalmente à tetraciclina (2014 – 60,3%; 2017 – 82,8%), ácido nalidíxico (2014 – 57,5%; 2017 – 86,5%), ciprofloxacino (2014 – 56,9%; 2017 – 89,0%), ampicilina (2014 – 56,2%; 2017 – 76,7%), cefotaxima (2014 – 52,1%; 2017 – 76,1%) e ceftazidima (2014 – 50,0%; 2017 – 76,1%), com aumento significativo da resistência a esses antimicrobianos no período avaliado. Salmonella de carcaças suínas foram resistentes principalmente a ácido nalidíxico (64,9%), tetraciclina (60,5%), ciprofloxacino (57,2%), ampicilina (47,4%) e cloranfenicol (33,3%). Foi identificado a presença do gene mcr-1 em 8 (1,6%) isolados de Salmonella obtidos de alimentos de origem animal, sendo a maioria pertencente ao sorovar S. Typhimurium, ST 19. Os plasmídeos contendo o gene mcr-1 pertenciam ao grupo de incompatibilidade IncX4 e foram capazes de se transferir por conjugação. Conclusões: Salmonella de alimentos de origem animal do Brasil apresentaram altos níveis de resistência a importantes antibióticos. Foi possível identificar, embora em baixa prevalência, o gene mcr-1 em um importante patógeno de origem alimentar.