Sítio arqueológico de São Miguel Arcanjo : avaliação conceitual das intervenções 1925-1927 e 1938-1940

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Stello, Vladimir Fernando
Orientador(a): Greven, Helio Adao
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/7964
Resumo: Os remanescentes das reduções Jesuíticas dos Guarani dos séculos XVII e XVIII, formam um importante Patrimônio Cultural comum à Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Representam uma das etapas de maior influência na formação histórica das sociedades aí existentes. A Redução de São Miguel Arcanjo foi um dos trinta povos missioneiros da Província Jesuítica do Paraguai e teve sua instalação no sítio atual em 1687. Seus remanescentes hoje fazem parte do Patrimônio Nacional, através do tombamento federal efetuado em 1938, e foram declarados como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1983. No Brasil, o processo de reconhecimento da importância do legado missioneiro data de muitas décadas. Inicialmente, foi feita uma ação de preservação dos remanescentes do antigo povo de São Miguel Arcanjo pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul em 1925-1927, obra que garantiu a preservação deste monumento. Em 1938 o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) iniciou a sua primeira grande obra de restauração. Na mesma época, foi construído o Museu das Missões, projetado pelo arquiteto Lucio Costa, para abrigar a coleção de arte sacra barroco-missioneira existente. Este trabalho objetiva avaliar as primeiras ações de salvaguarda realizadas nos remanescentes de São Miguel, à luz da evolução dos critérios internacionais de preservação do patrimônio cultural - anteriores, contemporâneos e posteriores às intervenções, demonstrando a correção e a atualidade conceitual das mesmas. A partir da contextualização histórica do monumento e da sistematização das informações sobre as obras nele empreendidas, procurou-se averiguar a consonância com os preceitos de restauração da época em que foram realizadas bem como o seu avanço em relação às modernas teorias de preservação. A análise empreendida demonstrou que, embora tecnicamente possa haver críticas, os conceitos utilizados foram coerentes e podem ser considerados atuais. Em função destas ações precursoras é possível se ter a possibilidade de apreciar um monumento desta representatividade e importância para a história da arquitetura e da restauração.