As frutas nativas do Rio Grande do Sul e sua inserção em cardápios da alimentação escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Severo, Juliana Machado
Orientador(a): Miranda, Tatiana Mota
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/264945
Resumo: A presente pesquisa aborda como ocorre o uso de frutas nativas na alimentação escolar de municípios do Rio Grande do Sul. No Brasil, o Projeto Biodiversity for Food and Nutrition (BFN busca mostrar a forte ligação existente entre a biodiversidade, a alimentação e a nutrição. Prevê o desenvolvimento de atividades em âmbito nacional, envolvendo parcerias com iniciativas do Governo Federal, incluindo o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), uma das mais significativas políticas públicas do mundo, que busca, além de outras iniciativas, fortalecer o uso de produtos da sociobiodiversidade na alimentação escolar. Neste contexto, a pesquisa tem como base teórica uma análise sob a perspectiva da conservação no Brasil, que caminha de uma natureza intocada até o uso e manejo de produtos da sociobiodiversidade. Nela é feita uma interlocução desses produtos com o projeto BFN, que ressalta a importância da construção de dados nutricionais e da propagação desse conhecimento para ressignificar e inserir o uso de frutas nativas em programas voltados à alimentação, como é o caso do PNAE. Aliado a isto, está vinculada à Portaria Interministerial MMA/MDS nº 284/2018, a qual sugere a inserção de produtos da sociobiodiversidade na alimentação escolar. Assim, o objetivo geral da pesquisa é compreender o uso de frutas nativas em cardápios da alimentação escolar da rede pública municipal de ensino, beneficiadas pelo PNAE, no estado do Rio Grande do Sul, ressaltando os meios percorridos em casos exitosos, com a finalidade de promover reflexões sobre o fortalecimento do uso dessas frutas. Para tanto, o trabalho de coleta de dados consistiu em duas etapas. A primeira delas levantou dados sobre a ocorrência ou não do uso de quinze frutas nativas elencadas no projeto BFN inseridas na alimentação escolar, visando obter um panorama geral sobre seu status de uso no estado. Na segunda etapa, após a identificação de municípios onde as escolas mais utilizam frutas nativas em seus cardápios, foram efetuadas entrevistas semiestruturadas presenciais com nutricionistas do PNAE de três municípios, buscando-se entender como ocorre a experiência da utilização de frutas nativas, bem como os entraves e as facilidades que existem nesse processo. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e análise de conteúdo. Nos resultados obtidos pode-se perceber que o uso de frutas nativas ainda é incipiente nas escolas municipais gaúchas e que, quando ocorre a utilização dessas frutas, isto se dá principalmente pelo esforço e motivação dos nutricionistas e da rede de atores que atua junto a esses profissionais, configurando-os como burocratas de nível de rua.