Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Alessandretti, Luciano |
Orientador(a): |
Philipp, Ruy Paulo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/72097
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Resumo: |
O Sistema Ventana, localizado no centro-leste da Argentina, é uma província geológica constituída pela associação do cinturão de dobramentos e cavalgamentos Sierra de la Ventana com a bacia de antepaís Claromecó. Esta província constitui importante região no que diz respeito aos conhecimentos acerca dos processos de tectônica e sedimentação ao longo da margem sudoeste do Gondwana. Relações existentes entre a evolução geológica, origem da deformação do cinturão e desenvolvimento da região de antepaís estão intimamente relacionadas às rochas ígneas e metamórficas expostas no Maciço Norte Patagônico. O SV é formado por uma espessa sequência siliciclástica de idade paleozóica, com a ocorrência de horizontes tufáceos próximos ao topo da pilha sedimentar. Da base para o topo, é formado pelos Grupos Curamalal, Ventana e Pillahuincó; sendo o último representante das rochas da Bacia Claromecó. Subordinadamente ocorrem rochas ígneas ácidas do embasamento Neoproterozóico-Cambriano composto principalmente por granitos e riolitos. Os dois primeiros grupos são constituídos essencialmente por meta-quartzo arenitos e quartzitos, com ocorrência restrita de metapelitos e metaconglomerados. O Grupo Pillahuincó finaliza o ciclo sedimentar e apresenta marcantes diferenças composicionais, litológicas e estruturais. É formado por arcóseos e subarcóseos que apresentam litoclastos de meta-quartzo arenitos, quartzitos, rochas carbonáticas e vulcânicas. Tanto o embasamento quanto a pilha sedimentar foram deformados e metamorfisados durante o Permiano, sob condições de baixas temperaturas e pressões, atualmente em torno de 300-400º C e 2.3 kb. A análise petrográfica aliada aos dados de geoquímica das rochas do SV foi utilizada para caracterizar a proveniência e ambiente tectônico das mesmas. Estudos geoquímicos e geocronológicos foram realizados nos tufos, objetivando determinar sua idade deposicional, assinaturas geoquímicas e correlação com os horizontes tufáceos das Bacias do Karoo (sul da África) e Paraná (Brasil). Com base na petrografia e em diagramas discriminantes de ambientes tectônicos que empregam elementos maiores e traço, um ambiente de margem passiva pode ser atribuído aos grupos Curamalal e Ventana. Na porção superior do grupo Pillahuincó é observada transição de rochas derivadas e depositas em ambiente plataformal para rochas com assinaturas petrográficas e geoquímicas características de margens continentais ativas. Os dados geoquímicos e geocronológicos dos tufos indicam que a provável área-fonte do vulcanismo gerador dos mesmos seja a Província Magmática Choiyoi, aflorante no oeste da Argentina/leste do Chile e no Norte Patagônico. Tais dados, correlacionados com horizontes tufáceos de diferentes bacias paleozóicas, suportam a presença de vulcanismo ácido explosivo ao longo da margem sudoeste do Gondwana. |