Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Dias, Leticia Machado |
Orientador(a): |
Drehmer, Michele |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/217552
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O consumo alimentar é um fator modificáve l associado ao risco de excesso de peso corporal e a o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. São escassos os estudos que avaliem o padrão de consumo alimentar e a trajetória do índice de massa corporal (IMC) materno até um ano após o parto em mulheres com diabetes mellitus gestacional (DMG). OBJETIVO: Descrever as mudanças no consumo alimentar da gestação ao período pós-parto e sua associação com a variação do IMC até doze meses pós-parto em mulheres com DMG. MÉTODO: Coorte multicêntrica de mulheres com diabetes gestacional arroladas em serviços públicos de atenção ao pré-natal de alto risco de quatro cidades brasileiras entre 2014 e 2018. Foram coletados dados demográficos, socioeconômicos, clínicos e nutricionais. O consumo foi avaliado por questionário adaptado dos instrumentos VIGITEL e SISVAN. O seguimento foi realizado por contato telefônico e as participantes foram questionadas quanto ao peso medido aos dois, seis e doze meses pós-parto. Os padrões de consumo foram obtidos por análise de componentes principais e a relação entre os padrões e a variação do IMC no pós-parto foi verificada por regressão de Poisson com variância robusta ajustada. RESULTADOS: Dentre as 979 mulheres analisadas, 38% apresentaram aumento do IMC aos seis meses pós-parto e 41,3% aos doze meses pós-parto. Entre a gestação e o pós-parto, observou-se redução no consumo de alimentos saudáveis como frutas, vegetais e laticínios integrais, para este último, o consumo frequente (5 a 7 vezes/semana) reduziu de 39,6% para 3,6%. Quanto ao consumo de alimentos marcadores de risco, na frequência de 5 a 7 vezes por semana, aumentou-se, notadamente, o consumo de refrigerantes e de sucos artificiais que passou de 30,3% na gestação para 39,9% no pós-parto. O padrão alimentar saudável aos seis meses pós-parto associou-se a menor risco de aumento do IMC aos doze meses (RR:0,71; IC95% 0,56 a 0,90; p=0,004) e o padrão alimentar de risco, aos seis meses pós-parto associou-se ao maior risco para ao aumento do IMC materno aos seis meses (RR:1,50 IC95% 1,19 a 2,13; p=0,002). CONCLUSÃO: Mulheres com DMG pioram seu padrão de consumo após o parto, com consequente aumento do IMC no primeiro ano pós-parto. Esses achados reforçam a importância do acompanhamento pós-parto de mulheres com DMG para prevenção e controle da obesidade. |