O bebê imaginário e o bebê real no contexto da prematuridade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Fleck, Adriana
Orientador(a): Piccinini, Cesar Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/37208
Resumo: O nascimento pré-termo é potencialmente traumático na vida da mãe e do bebê e o confronto entre o bebê imaginário da gestação e o bebê real tende a ser intensificado. O estudo buscou investigar o bebê imaginário e o bebê real prematuro, no pós-parto, na pré-alta e no 3º mês após a alta hospitalar do bebê. Buscou-se compreender o confronto entre o bebê imaginário e o bebê real e o processo de adaptação da mãe a este último. Participaram quatro mães de bebês pré-termos, primíparas, de 19 a 31 anos, com bebês nascidos entre 28-29 semanas, com peso entre 1000-1500g e internados na UTINeo. Com o delineamento de estudo de caso coletivo, buscou-se compreender cada caso, as semelhanças e particularidades entre eles. Entrevistas investigaram a experiência da gestação e da maternidade e foram examinadas por análise de conteúdo qualitativa. Os resultados confirmaram a expectativa de um maior confronto entre o bebê real e o bebê imaginário e a dificuldade de elaboração da perda do bebê imaginário e adaptação da mãe ao bebê real, no período pós-parto. Na pré-alta e no 3º mês após a alta, notou-se que as mães conseguiram se aproximar mais tanto física como emocionalmente do bebê real, elaborando a perda do bebê imaginário. No entanto, a maternidade mostrou-se envolta em constantes preocupações com o filho e exigências maternas em relação ao próprio desempenho. Assim, o nascimento pré-termo gerou um impacto emocional intenso nas mães e constituiu-se em um desafio para a adaptação destas às necessidades do filho e para a maternidade.