Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Rebelatto, Taiane Francieli |
Orientador(a): |
Ziegelmann, Patricia Klarmann |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/253141
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Resumo: |
Introdução: Os tumores gastrointestinais são responsáveis por mais de um terço dos casos e mortes por câncer. Registros de Câncer, incluindo avaliação de sobrevida, são a maior ferramenta para compreender a dimensão do cancer e seus respectivos fatores socioeconômicos e geográficos. No Brasil, os registros hospitalares de câncer (RHC) fornecem informações de pacientes com diagnóstico confirmado de câncer e foram criados com o objetivo de avaliar o cuidado que estes pacientes recebem. Os RHCs, na sua maioria, não apresentam dados completos de sobrevida, mas podem ser fonte importante para estudos deste tipo. Por outro lado, dados clínicos e de estadiamento ao diagnóstico estão presentes nos registros dos RHCs possibilitando o uso destas bases como ferramenta importante para seu entendimento. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva incluindo pacientes do sul do Brasil com diagnóstico de um dos cinco principais tumores gastrointestinais (estômago, esôfago, colorretal, fígado e pâncreas) registrados em 4 RHCs do estado do RS, com objetivo primário a estimação da sobrevida global em 5 anos e avaliação de fatores prognósticos. Os dados dos RHCs foram linkados com dados do Sistema de Mortalidade (SIM) do RS. O método de Kaplan Meyer foi utilizado para estimar a sobrevida e modelo de Cox para avaliação de fatores prognósticos. As análises foram realizadas para cada câncer em separado. Aprovação ética foi obtida de cada centro participante. Resultados: O total de 9.781 pacientes com diagnóstico de cancer gastrointestinal entre 2005 e 2019 foram identificados. Destes, 5.222 foram incluídos neste estudo por preencherem critérios de inclusão. As estimativas de sobrevida global em 5 anos foram de 24,4% (IC95%: 21,9%-27,3%) para esôfago, 32,2% (IC95%: 29,0%-35,7%) para estômago, 57,6% (IC95%: 55,9%-59,4%) para colorretal, 13,4% (IC95%: 7,9%-22,6%) para fígado e 19,1% (IC95%: 15,5%-23,6%) para pâncreas. Cobertura de saúde pública foi fator prognóstico negativo para pacientes com cancer colorretal e de esôfago. Pacientes com cancer de pâncreas não-brancos tiveram maior risco de mortalidade. Pacientes com cancer de estômago solteiros tiveram maior risco de mortalidade. Menor distância percorrida entre residência e centro de tratamento ao 9 cancer foi associado com melhor prognóstico em pacientes com cancer de esôfago, e não impactou significativamente na sobrevida de pacientes com outros tumores. Conclusões: O presente estudo traz uma importante contribuição no cenário de sobrevida de pacientes com cancer gastrointestinal no RS. |