Avaliação da terapia com talidomida em neoplasias malignas da glândula mamária canina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Campos, Cecília Bonolo de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dog
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/143852
Resumo: As neoplasias da glândula mamária canina são as neoplasias mais comuns em cadelas não castradas, sendo pelo menos 50% malignas. A maioria dos carcinomas invasores é relacionado a uma sobrevida inferior a dois anos quando tratados apenas com cirurgia, sendo a principal forma de tratamento da doença. A talidomida tem demonstrado benefício clínico em diversas doenças neoplásicas e não-neoplásicas, principalmente devido aos seus efeitos antiangiogênicos e imunomodulatórios. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar os efeitos terapêuticos da talidomida em cadelas diagnosticadas com neoplasias malignas da glândula mamária. Inicialmente, os eventos adversos do tratamento com talidomida foram avaliados em 29 cadelas tratadas com 20 e 10 mg/kg/dia, durante 6 meses. O fármaco foi bem tolerado, não interferindo na qualidade de vida dos animais. Em casos de sonolência excessiva a dose de 10 mg/kg deve ser preconizada. Em seguida, 58 cadelas foram divididas entre quatro diferentes tratamentos propostos: tratamento cirúrgico; cirurgia seguido de quimioterapia em dose máxima tolerada (QDMT); cirurgia, QDMT e talidomida; e cirurgia, QDMT e quimioterapia metronômica (QM). Não houve diferença estatística significativa na sobrevida global (SG) entre os quatro tratamentos propostos quando animais de todos os estadiamento clínicos foram avaliados (p=0,3177). Porém, quando avaliamos a sobrevida de animais diagnosticados com metástase à distância, os tratamentos com cirurgia, QDMT e talidomida ou QM apresentaram maiores SG (463 e 376,5 dias, respectivamente) quando comparados aos tratamentos consistindo em cirurgia e cirurgia e QDMT (150 e 148 dias, respectivamente). Além disso, relatamos o caso de uma cadela diagnosticada com um carcinossarcoma que, após diagnóstico de metástase pulmonar, sobreviveu 20 meses sendo submetida apenas ao tratamento com talidomida. O tratamento com cirurgia, QDMT e talidomida foi considerado eficaz e seguro em pacientes com estadiamento avançado, aumentando a SG de pacientes com metástase à distância. A QM pode ser associada ao tratamento cirúrgico e quimioterápico quando a talidomida não estiver disponível.