O enigma do subdesenvolvimento no Brasil : o Programa da CEPAL, a industrialização substitutiva de importações e sua crítica neoestruturalista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rockenbach, Leonardo Roberto
Orientador(a): Herrlein Junior, Ronaldo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/213591
Resumo: Este trabalho busca identificar os elementos que determinam uma persistente condição do subdesenvolvimento no Brasil. O primeiro capítulo procura definir o que se entende por desenvolvimento e subdesenvolvimento, a partir de uma interpretação baseada em ensaios de autores estruturalistas latino-americanos, e expõe alguns dos principais aspectos presentes no clássico programa elaborado pela CEPAL para a superação do subdesenvolvimento na periferia latino-americana. O segundo capítulo realiza uma breve revisão histórica do processo de industrialização no Brasil, abrangendo o período de 1930-1990, sendo posteriormente analisados, a luz das proposições cepalinas, os resultados produtivos e sociais alcançados pela mudança estrutural impulsionada pela industrialização brasileira. Por fim, constatada a manutenção da condição do subdesenvolvimento no Brasil pós industrialização, o terceiro capítulo introduz uma revisão crítica dos argumentos cepalinos clássicos e das práticas sociais que conduziram a industrialização, elaborada por Celso Furtado e Fernando Fajnzylber apontando as principais limitações presentes na estratégia desenvolvimentista exposta no capítulo dois e implantada no Brasil como descrito no capítulo três. Conclui-se que o processo de industrialização por substituição importações, apesar de proporcionar avanços produtivos e sociais que transformaram o Brasil, não foi devidamente dirigido e, muito menos, satisfatoriamente completado no país, visto que não conseguiu estabelecer uma dinâmica produtiva independente no território nacional, ou seja, não foi capaz de endogeneizar os processos de busca por avanços em novos produtos, técnicas e organizações produtivas — elementos que em última instância são os responsáveis pela promoção do desenvolvimento; pelo contrário, apoiou-se na concentração da renda e fortaleceu a dependência tecnológica externa, o que, consequentemente, reforçou as más formações estruturais existentes, sobretudo a heterogeneidade produtiva e social, ambos fatores determinantes da condição de subdesenvolvido do Brasil.