Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Martin, Kelin Cristine |
Orientador(a): |
Bianchin, Marino Muxfeldt |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/281985
|
Resumo: |
Base teórica: A epilepsia do lobo temporal (ELT) é um dos tipos mais frequentes de epilepsia de início na idade adulta. Embora diversos fármacos anticrises (FAC) e opções de tratamento cirúrgico estejam atualmente disponíveis, ainda existem fatores que dificultam o tratamento, como efeitos colaterais de medicações, alta frequência de comorbidades psiquiátricas, necessidade de polifarmácia, interações medicamentosas, refratariedade e pouco acesso ao tratamento cirúrgico. Métodos de modulação da atividade elétrica cerebral não invasivos, como a estimulação transcraniana por corrente continua (ETCC), vem sendo estudados no manejo de diversos transtornos neuropsiquiátricos, porém ainda faltam dados de segurança e de eficácia da ETCC no tratamento da epilepsia e de comorbidades psiquiátricas nesses pacientes. Além disso, os efeitos neurofisiológicos relacionados à modulação da atividade de base pela ETCC necessitam ser melhor estudados nestes pacientes. Objetivo: Avaliar a segurança e as alterações eletroencefalográficas relacionadas ao uso domiciliar da ETCC por pacientes com ELT. Métodos: Foram randomizados pacientes com ELT em dois grupos 1) uso de estimulador elétrico transcraniano ativo e 2) uso do mesmo dispositivo inativo (sham). Ambos os grupos realizaram 20 sessões de 20 minutos de tratamento, distribuídas em 5 dias por semana. A corrente aplicada foi de 2mA sobre o córtex pré-frontal dorsolateral, com o ânodo posicionado à esquerda e o cátodo à direita. Foram registrados exames de eletroencefalograma antes e após o protocolo de tratamento para avaliação da incidência de descargas epileptiformes e da potência espectral das frequências delta, teta, alfa e beta. Resultados: Não houve diferença significativa na incidência de descargas após o uso da EETC quando comparados ao grupo sham, independente do lado das descargas. Observamos redução significativa na potência espectral beta na região frontal direita após a ETCC ativa. Conclusão: Não observamos modificação significativa na incidência de descargas epileptiformes após o uso da ETCC, mas o tratamento foi bem tolerado pelos participantes e se mostrou seguro. Observamos uma redução na potência espectral da atividade beta na região frontal direita, sugerindo uma modificação na atividade eletroencefalográfica basal causada pela ETCC. |