Reabilitação neuropsicológica em pacientes com epilepsia do lobo temporal mesial dominante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Tomaselli, Camila de Vasconcelos Geraldi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-26072019-165813/
Resumo: A epilepsia do lobo temporal mesial (ELTM) é uma síndrome epiléptica de alta prevalência e de difícil controle medicamentoso. Cerca de 80% das cirurgias realizadas em centros de epilepsia são para tratamento desta síndrome. Do ponto de vista neuropsicológico, os pacientes portadores da ELTM podem apresentar prejuízos no processamento de memória declarativa, sejam elas de caráter verbal e/ou não-verbal, além de outras esferas da cognição. Normalmente, associam-se às queixas de memória, dificuldade de adaptação psicossocial e, consequentemente, piora na qualidade de vida. A reabilitação neuropsicológica tem demonstrado efeitos positivos como forma de tratamento para pacientes com lesões cerebrais de etiologias diversas. O presente estudo investigou os efeitos da reabilitação neuropsicológica no desempenho cognitivo, nas queixas de memória e sintomas de humor de 26 pacientes com ELTM clínica ou cirurgicamente tratados comparados a 14 indivíduos sem queixas neurológicas. De maneira geral, a reabilitação mostrou-se viável para pacientes com epilepsia independente do momento do tratamento: houve melhora na memória episódica auditivo-verbal, na aprendizagem, na fluência nominal, na intensidade das queixas de memória e nos sintomas depressivos. Mudanças semelhantes também foram observadas no grupo sem queixas neurológicas. Adicionalmente pode-se observar que a melhor resposta cognitiva após intervenção ocorreu no grupo com epilepsia cirurgicamente tratado, com melhora na maioria das variáveis cognitivas.