Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Jéssica Nunes |
Orientador(a): |
Ferreiro, Laerte |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/142650
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Resumo: |
A esporotricose é uma micose subcutânea causada por espécies do complexo Sporothrix schenckii que acomete seres humanos e animais, principalmente os gatos. Desde 1998 o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/Fiocruz no Rio de Janeiro vem acompanhando uma epidemia dessa doença envolvendo seres humanos, cães e gatos, onde as principais formas de transmissão são arranhadura, mordedura e/ou contato com o exsudato das lesões cutâneas de gatos doentes. O diagnóstico definitivo da esporotricose felina é obtido a partir do isolamento do Sporothrix sp. em meios de cultura, entretanto, o resultado desse exame pode demorar até quatro semanas, o que em algumas situações pode retardar o início do tratamento antifúngico. Os exames citopatológico, histológico e imuno-histoquímico são opções viáveis e mais rápidas para o diagnóstico dessa micose em gatos, principalmente em situações quando não é possível realizar o isolamento fúngico. O diagnóstico precoce da esporotricose felina é importante na implementação rápida do tratamento antifúngico, melhorando o prognóstico na maioria dos casos. O objetivo deste estudo foi avaliar e comparar as diferentes técnicas utilizadas no diagnóstico da esporotricose felina antes e durante o tratamento antifúngico. Na primeira etapa do estudo foram comparados os exames citopatológico (coloração pelo método panótico rápido), histológico (impregnação pela prata de Grocott) e imuno-histoquímico de 184 gatos no diagnóstico da esporotricose sem tratamento antifúngico prévio utilizando o cultivo fúngico como teste padrão de referência. Estruturas leveduriformes foram observadas em 160 (87,0%) casos no exame citopatológico, 168 (91,3%) na histopatologia e 163 (88,3%) na imunohistoquímica. A associação das três técnicas elevou a sensibilidade do diagnóstico para 98,3%, o que enfatiza a necessidade de sua implementação como ferramentas de rotina, sobretudo quando a cultura fúngica não está disponível. Na etapa seguinte, a carga parasitária e o isolamento de Sporothrix sp. das lesões cutâneas de 74 gatos foram avaliados mensalmente antes e durante o tratamento com itraconazol por um período de 12 semanas. A mediana da carga fúngica observada antes do início do tratamento antifúngico foi maior (pMW = 0,013) nos gatos nos quais foi observada a persistência da lesão (Med=98,6) em relação aqueles em que houve cicatrização (Med=15,0). A redução da carga fúngica ocorreu em todas as lesões estudadas, assim como a redução da positividade da cultura fúngica e do exame citopatológico. Estes resultados sugerem uma redução no potencial zoonótico dos gatos, enfatizando a importância do tratamento precoce como medida de controle. Adicionalmente, o isolamento do fungo e a presença de estruturas leveduriformes nas lesões de gatos com esporotricose podem ser fatores preditores da falência terapêutica, indicando a necessidade da implementação de alternativas terapêuticas. |