Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Valle, Glaucia Francesconi do |
Orientador(a): |
Galhardo, Maria Clara Gutierrez,
Passos, Sônia Lambert |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27880
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Resumo: |
O tratamento de eleição para a esporotricose na sua forma cutânea é o itraconazol. Este é um fármaco eficaz e com boa tolerância pelos pacientes, mas apresenta uma série de interações medicamentosas que dificultam o seu uso. A terbinafina, um derivado alilamina com atividade fungicida, tem seu uso descrito no tratamento da esporotricose cutânea com dosagens variáveis (250 mg a 1 g/dia). Entretanto, a posologia ideal não está estabelecida. Este estudo teve como objetivo avaliar a efetividade e segurança da terbinafina na dosagem de 250 mg no tratamento da esporotricose cutânea. Foram realizados dois estudos complementares em pacientes com esporotricose cutânea com terbinafina 250 mg/dia no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2008: 1) um estudo descritivo em pacientes com contra-indicação ao uso do itraconazol ou interação medicamentosa de moderada a grave, 2) um estudo analítico de coorte bidirecional, comparando com o itraconazol 100 mg/dia. O grupo itraconazol foi selecionado randomicamente do banco de dados do serviço, após pareamento por idade e forma clínica. O Sporothrix schenckii foi isolado em cultivo de todos os pacientes, com idade entre 18 a 70 anos e que foram submetidos ao protocolo de atendimento que incluiu avaliação clínica, hemograma e bioquímica e consultas com periodicidade determinada No estudo descritivo, foram selecionados 50 pacientes que apresentavam comorbidades e utilizaramm medicamentos em que não era possível o uso de itraconazol (36% psicolépticos; 28% hipoglicemiantes; 18% hipolipêmicos; 16% bloqueadores do canal de cálcio; 8% anticonvulsivantes; 6,3% cardiotrópicos; 6,3% antiácidos e anti-parkinsonianos 2,1%). A maioria (96%) curou em 14 semanas, variando de 2 a 42. A terbinafina foi suspensa em um caso por reação de hipersensibilidade (erupção cutânea) e não houve recidiva da micose. No estudo analítico de coorte bidirecional, foram incluídos 55 pacientes no grupo da terbinafina e 249 do itraconazol. A cura ocorreu respectivamente em 51 (92,7%) e 229 (92%) em média de 11 e 10,5 semanas. Em dois pacientes foi necessário o aumento da dose da terbinafina para 500 mg por não resposta e uma paciente apresentou recidiva. No grupo do itraconazol dois necessitaram aumento da dose e três apresentaram recidiva. Os efeitos adversos foram quatro (7,3%) sem necessidade de suspensão do medicamento no grupo terbinafina e 19 (7,6%) com sua suspensão em dois pacientes no grupo itraconazol. A terbinafina na dose de 250 mg/dia é uma opção para o tratamento da esporotricose cutânea sendo efetiva e bem tolerada. |