Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Kethlen Santini |
Orientador(a): |
Silveira, Paulo Antonio de Menezes Pereira da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/185237
|
Resumo: |
Esta investigação analisa um número determinado de obras em gravura e desenho de Albrecht Dürer (1471 - 1528) e Hans Baldung Grien (1484 - 1545) residentes nos territórios germânicos da Europa no período do Renascimento, produzidos entre 1497 e 1545. Constata-se que o corpo da bruxa concebido na Europa pré-moderna foi um corpo carregado de preceitos excessivamente masculinos e opressivos. É reconhecido também que, independente das pretensões dos artistas, fosse para desenvolver suas faculdades imaginativas, fosse para melhorar seu status social e econômico, a capacidade de criação do artista resultou numa imagem feminina adulterada. Para compreensão dos recursos culturais, políticos e sociais dos artistas em questão, analisou-se no primeiro capítulo, as perspectivas historiográficas de uma teorização da bruxaria, divididas em duas principais concepções: a crise na fé cristã e a questão de gênero. Após a publicação dos primeiros incunábulos no final do século XV, em especial o primeiro tratado inquisitorial ilustrado, De Laniis et phitonicis mulieribus (1489) de Ulrich Molitor, no segundo capítulo, observou-se o início de uma tradição iconográfica específica na Europa e a instauração da representação da bruxaria no âmbito das Artes Visuais por Albrecht Dürer, que estabeleceu dois modelos de representação, a bruxa de corpo grotesco e a bruxa de corpo afrodisíaco. No terceiro e último capítulo, analisou-se as obras do discípulo de Dürer, Hans Baldung Grien, que no decorrer da sua trajetória artística, tornou o corpo da bruxa protagonista de seus trabalhos. Elementos como a forquilha, os cabelos soltos, o corpo nu e os voos em animais são sancionados por ele e, de modo consequente, de seus contemporâneos. Assim, a última tarefa nesta parte foi apresentar uma herança iconográfica oriunda da tradição estabelecida por Dürer e Hans Baldung, como nas obras de Lucas Cranach, Peter Bruegel, Frans Francken, entre outros. |